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Informação e análise
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O cálculo de Lula para negociar com o Centrão

Em 2003, o PT elegeu 90 deputados e ele foi buscar o restante no Centrão. Deu no mensalão. Agora, aposta na federação partidária

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 jan 2022, 08h00

Lula sonha com uma Federação de Esquerda, que a esquerda chama de Federação de Lula, para eleger uma bancada de 180 a 220 deputados.

Nessa projeção, o PT cresceria de 53 para cerca de 80 deputados.

A cúpula petista considera viável, por isso insiste na federação. Convidados para esse baile, como o PSB e o PDT, relutam por medo de acabar tragados na voragem petista — a do vício na hegemonia.

O cálculo lulista tem como medida a necessidade de, se eleito, negociar em condições paritárias com o agrupamento conhecido como Centrão, que reúne o PP, o PL e Republicanos.

Quem quer que seja eleito, terá que negociar com o Centrão, massa disforme mas homogênea no pragmatismo, hábil na costura de aliança com qualquer que seja o governo em troca do comando de áreas-chave da administração federal. Suprapartidário, o Centrão não tem endereço, CNPJ, CPF, placa na porta de gabinete.Não é de direita, de centro ou de esquerda. Ele é do Orçamento.

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É no orçamento que está o problema do futuro governo. O Centrão, com cerca de duas centenas de votos na Câmara, fez um acordo com Jair Bolsonaro, candidato do PL, e ambos levaram as contas públicas ao um nível de descontrole sem precedentes.

Na prática, o governo administra 3% a 4% do orçamento – a maior fatia é para o pagamento de juros da dívida pública e despesas obrigatórias, como salários e Previdência Social.

Centrão e Bolsonaro turbinaram um orçamento paralelo que fez minguar a capacidade de investimentos públicos. Os adversários de Bolsonaro, como Lula, planejam mudar o jogo do orçamento. Mas, para isso, precisam de votos no plenário da Câmara.

Entre 180 e 220 é o mínimo para uma base parlamentar, tem repetido Lula em reuniões. Em 2003, quando o PT elegeu 90 deputados, ele foi buscar o restante no Centrão da época. Deu no mensalão, de memória traumática. Aposta na federação partidária como alternativa.

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