Lula bateu no teto e vai enfrentar uma ofensiva crescente
Líder isolado nas pesquisas está completando cinco meses estacionado no patamar de 40% na preferência eleitoral, na média das pesquisas de intenção de voto
Lula bateu no teto. Líder isolado nas pesquisas, está completando cinco meses estacionado no patamar de 40% na preferência eleitoral, na média das sondagens de intenção de voto.
Cresceu pouco mais de dez pontos percentuais entre março e julho e, desde então, se mantém estável e tem se movimentado com cautela. Não tem ido às ruas, como nas campanhas anteriores, e só fala para audiências controladas.
É uma posição confortável, porém difícil de ser preservada por muito mais tempo, admite-se no Partido dos Trabalhadores e entre opositores.
Com a multiplicação do número de competidores no páreo da disputa presidencial, Lula deve passar a ser o alvo primário dos adversários. É a lógica da campanha. Vai enfrentar ofensiva crescente.
O evidente desgaste de Jair Bolsonaro tende a deixá-lo em segundo plano nas críticas pelo menos até o Carnaval, quando se prevê a decolagem do interesse do eleitorado na campanha.
Adversários não vêm razão objetiva para privilegiá-lo, porque ele possui singular capacidade de inflacionar os próprios índices de rejeição eleitoral e de reprovação no comando do governo, atualmente na faixa de 60%. O presidente Bolsonaro continua sendo o melhor adversário do candidato Bolsonaro.