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Governadores crescem no vácuo de Bolsonaro

Custo eleitoral de Bolsonaro subiu com a instabilidade, e os Estados passaram a ter as melhores chances de estimular o consumo durante a campanha de 2022

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 ago 2021, 15h14 - Publicado em 23 ago 2021, 08h30
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  • Governadores estão crescendo no vácuo político aberto pelo presidente-candidato.

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    Em Brasília e nos Estados planejava-se bombar o consumo na campanha do ano que vem.

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    Porém, o custo eleitoral de Jair Bolsonaro subiu. A opção pelo conflito institucional como marketing da reeleição desgastou o candidato, criou instabilidade institucional e restringiu as perspectivas de recuperação do poder de compra do eleitorado, ao agravar um quadro de agonia fiscal, de alta da inflação e da taxa de juros, e de desvalorização da moeda nacional.

    Na crise política dissipa-se o plano desenhado no Palácio do Planalto, baseado numa assistência aos pobres turbinada, com um Bolsa Família de valor duplicado, simultânea à concessão de vantagens pontuais à classe média e às pequenas empresas via mudanças na tributação, sobretudo no Imposto de Renda.

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    Isolado, o presidente-candidato já não consegue nem mesmo convencer sua base parlamentar a aprovar projetos relevantes ao próprio projeto eleitoral.

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    Caso exemplar é o das mudanças no Imposto de Renda. Foram apresentadas no plenário da Câmara por três vezes neste mês. Os deputados se recusaram a votar — na semana passada, por 399 votos contra 99.

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    Devem ser reapresentadas amanhã, mas a chance de aprovação é reduzida. O governo já se mostra disposto a jogar a toalha, por achar que as emendas desfiguraram a proposta original: na conta final, o bônus pretendido ameaça virar ônus para o Tesouro.

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    (XP/Ipespe, agosto 2021/VEJA)

    Agora, são os Estados que têm as melhores possibilidades de fazer a diferença no estímulo ao debilitado consumo durante a temporada eleitoral de 2022. Com relativa folga no caixa para aumentar gastos e investimentos, mesmo por um curto período, os governadores tendem ganhar realce, em contraste com o presidente-candidato, cujo desgaste de imagem aparece consolidado em elevada rejeição (acima de 50%) nas pesquisas de intenção de voto.

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    Há tempos não se via um cenário com os governadores, em conjunto, com avaliação favorável do eleitorado em escala muito superior à do candidato presidencial à reeleição.

    É notável que tenham crescido no vácuo aberto pelo presidente de maneira coordenada, em reuniões periódicas como a programada para hoje.

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    (XP/Ipespe, agosto 2021/VEJA)

    Ano passado, atuaram na emergência sanitária imposta pela Covid-19 em contraponto às omissões e ao negacionismo de Bolsonaro. No último semestre, realizaram uma inédita iniciativa em política externa, com abertura de canais diretos de negociação com governos dos Estados Unidos, da França e o Conselho da União Europeia sobre projetos para a Amazônia e de proteção ambiental, e à margem dos ministérios e órgãos federais.

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    As pesquisas sugerem que os governadores devem ter peso específico na política e na economia durante a temporada eleitoral do próximo ano. Têm avaliação favorável, em contraste com o presidente-candidato. E tendem a ser importantes influenciadores de voto nas respectivas regiões, numa etapa em que a maioria dos partidos estará preocupada com a sobrevivência, apostando na eleição de bancadas parlamentares e não em candidatos ao Palácio do Planalto.

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