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Ciro Gomes: “Doze comandantes são legalistas e protegeram a Constituição”

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Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 jul 2022, 08h42 - Publicado em 30 jul 2022, 13h00

“O [meu] ministro da Defesa será civil. Absolutamente, sem nenhuma dubiedade, nem vacilação nem nada. Será civil porque é assim que as coisas têm que ser. Até para fazer o que nós precisamos fazer com as Forças Armadas. Fazer delas uma estrutura absolutamente profissional, altamente qualificada, sob o ponto de vista tecnológico, capaz de sustentar um projeto nacional e de nos dar tarefa de dizer ‘não’ quando os interesses brasileiros tiverem colidindo com a prepotência internacional. Portanto é um elemento central do meu projeto. Mas essa tendência de tutelar [o poder civil] é um é uma coisa que vem da formação e dos critérios de promoção. A direita concorda e aceita esse papel tutelar. Está aí o Bolsonaro como vivandeira de quartel, não é? Um picareta expulso do Exército, não é?, agora se arvorando de comandante-em-chefe das Forças Armadas para violar o dever constitucional que as nossas forças de defesa têm que ter de guardar a Constituição e de proteger a democracia brasileira. Mas o que é chocante é [Eduardo] Pazuello. Esta figura foi promovida pelo PT [no Exército]. Como pode um analfabeto, despreparado, virar general, sabe, no mesmo posto do general Castelo Branco… do marechal Castelo Branco? Não. Tem um problema grave de formação, eu vou mexer nisso. E de promoção, vou mexer nisso também. Eu vou profissionalizar as Forças Armadas. Vai ser proibido militar ocupar cargo civil, cargo de político na ativa. Quer participar da política? Tira a farda, entra pra reserva e é muito bem-vindo, porque são pessoas bem formadas. Agora, como é que pode nomear um general como Pazuello ministro da Saúde? Olha o que deu. Percebe? Agora quem promoveu Pazuello a general? Qual é o qual é o critério, sabe, a formação como é que alguém chega a general das com esse nível de deformação moral e intelectual, compreende? Agora, sabe o que que está acontecendo? Quem está ao redor do Bolsonaro? É descobrir um nexo de coerência: são as viúvas do [general] Sílvio Frota [ministro do Exército que na ditadura, em 1977, armou  dar um golpe e foi sumariamente demitido pelo general-presidente Ernesto Geisel). Esses todos aí [são] sócios, viúvas do Sílvio Frota. É, e vamos pagar, vamos pagar bem direitinho por tudo que fizeram de fraude contra o Brasil (…) A GLO [Garantia de Lei e Ordem, recurso constitucional que permite a convocação e a atuação das Forças Armadas em circunstâncias específicas dentro do país] deve ser preservada e não vulgarizada, mistificada, como está sendo. É questão de comando. Você pode pegar o general [Walter] Braga Neto, invadir o Rio de Janeiro, gastar não sei quantos milhões de reais… O que que aconteceu no Rio? Honestamente, o que que aconteceu no Rio? Absolutamente nada. Por que? Porque tudo é mentira. Tudo enganação. Segurança pública não é assunto de Exército, essa é uma questão que a gente tem que deixar claro. O Exército é uma força dissuasória de Defesa, como a Força Aérea e como a Marinha. E eles devem estar em permanente estado de treinamento e prontidão (…) Esse esforço de polícia deve ser absolutamente excepcional, quando, e eventualmente pode acontecer, a estrutura policial colapsar. [Houve um] motim da polícia no Ceará. Evidentemente foi lá, foi pra lá o Exército. O que fizeram foi confraternizar com os amotinados, uma coisa vergonhosa, uma coisa suja, imunda. Porque, infelizmente, o Bolsonaro apodreceu tudo isso. Apodreceu tudo isso. E já vem de lá trás, também não foi só o Bolsonaro (…) Eu procuro ter severidade na minha crítica às distorções, como a de 3.800 militares da ativa dobrando salário em cargo político. Isso não está direito. Isso não está correto. Então, eu digo ‘não’ com clareza, porém eu não aceito que ninguém desmoralize as Forças Armadas na minha presença, eu sempre saio em defesa. Por quê? Porque eu compreendo a essencialidade institucional das Forças Armadas como elemento central a um projeto nacional. Não existe um projeto nacional sem uma força de defesa com capacidade dissuassória. Isso é o que eu vou preparar, fazer. E isso tem a ver agora, depois de tudo que a gente assistiu, com enorme processo de re-profissionalização. Sabe, os critérios de promoção, os critérios de formação, isso tudo tem que ser posto em debate (…) A minha interlocução [com os militares] preserva a privacidade dessas pessoas. Eu não eu não sou vivandeira de quartel, e nem faço diretamente. Eu tenho interlocutores, intermediários, que me trazem de vez em quando a informação que eu preciso. Eu sei que de dezesseis  comandantes [militares] centrais, doze são legalistas e protegeram a Constituição brasileira.”

(Ciro Gomes, candidato presidencial do PDT, à Globonews.) 

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