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Por José Casado
Informação e análise
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A reação à instabilidade produzida por Bolsonaro

Manifestos não mencionam o nome do político que atravessou os últimos três anos como protagonista do debate sobre "golpe", mas têm endereço certo

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 ago 2022, 17h23 - Publicado em 11 ago 2022, 17h21

Parece estranho, e é mesmo: a 50 dias das eleições gerais numa das maiores democracias do mundo, deflagra-se um movimento em defesa do regime democrático e do respeito ao voto de 156 milhões de eleitores.

A mobilização que amálgama gente de todos os matizes, de estudantes a banqueiros, pode  parecer exótica num país que sepultou a ditadura militar no século passado. No entanto, é  realista na razão suprapartidária, resumida num dos manifestos lidos ontem na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e em outras cidades: cristalizou-se a percepção de “perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições”.

O Brasil não é caso isolado no mapa-múndi de recessão democrática, mas atravessou os últimos 40 meses com o debate político centrado na palavra “golpe”. Houve até comício na porta do Quartel-General do Exército, conhecido em Brasília como Forte Apache, com pedidos nostálgicos de tanques nas ruas, Congresso e Judiciário fechados e sob uma versão atualizada do Ato Institucional Número 5 (AI-5), símbolo de uma época não muito distante, marcada pela absoluta anarquia nos quartéis.

É notável que a variedade de manifestos esteja harmonizada na mobilização pela resistência, sem fulanizar. Nos textos não se menciona o nome do político que atravessou os últimos três anos como protagonista do debate sobre “golpe”. Por desnecessário, funcionou como catalisador de organizações com interesses díspares, frequentemente opostos.

Candidato à reeleição, Jair Bolsonaro já produziu mais instabilidade do que a política brasileira consegue digerir. Por isso, a mensagem dos protestos tem endereço certo: Palácio do Planalto, Praça dos Três Poderes – Brasília, DF,  CEP 70150-900. 

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