Procurador que interferiu na Lava Jato vai continuar preso
Ângelo Goulart Villela foi denunciado por receber propina em troca de informações
A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz, negou pedido de liberdade ao procurador da República Ângelo Goulart Villela, preso pela Operação Patmos. Villela foi denunciado por receber propina em troca de informações sigilosas da Operação Greenfield.
O Ministério Público Federal sustenta que na delação premiada do empresário Joesley Batista, Villela teria aceitado receber 50 000 reais mensais para favorecer o grupo J&F Greenfield.
“É deprimente e lamentável o registro de que um procurador da República, que é pago pelos cofres públicos justamente para fiscalizar e buscar o cumprimento das leis, ao que tudo indica, tenha aceitado suborno para ajudar criminosos, atrapalhando uma complexa investigação criminal, auxiliando uma organização criminosa a se esquivar de suas responsabilidades fiscais e criminais e oferecendo seus serviços para fins escusos. A suposta ação delituosa extrapola todos os limites do que se considera ético, moral e legalmente reprovável”, afirmou a presidente do STJ para manter a prisão.