Venezuela está “toda indignada e comovida” com assassinato de opositor da ditadura amiga do PT
"É um regime criminoso disposto a tudo para manter o poder", diz Maria Corina Machado
O assassinato de um dirigente do partido de oposição Ação Democrática (AD) na quarta-feira (25), durante um comício, deixou a “Venezuela toda indignada e comovida”, segundo a deputada Maria Corina Machado.
“Não se tratam de acontecimentos isolados. É um regime criminoso disposto a tudo para manter o poder. O mundo tem que reagir”, escreveu ela no Twitter.
Luis Manuel Díaz morreu atingido por tiros disparados de dentro de um carro, em Altagracia de Orituco, a 160 quilômetros a sudeste de Caracas.
Ele estava em um palanque, ao lado de Lilian Tintori, mulher de Lepoldo López, o líder do partido oposicionista Vontade Popular (VP) que foi condenado em setembro a quase 14 anos de prisão.
(Detalhe: um promotor de Justiça foragido acusou a ditadura amiga do PT de tê-lo pressionado para forjar provas que justificassem a prisão e a condenação de López, a quem senadores brasileiros de oposição foram proibidos de prestar uma visita na cadeia quando estiveram no país.)
Lilian Tintori escreveu no Twitter uma série de mensagens:
– “Denunciarei em detalhes o terror, o acosso e a violência do regime.”
– “Hoje sofri dois atentados em Altagracia de Orituco.”
– “Nossas condolências à família Días, irmãos de Adguarico.”
– “Dor profunda pelo assassinato de Luiz Manuel Díaz em um ato da unidade.”
O porta-voz da Ação Democrática, Henry Ramos Allup, responsabilizou o Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv, o partido do governo) e supostos aliados de Maduro, incluindo grupos armados, pelo assassinato de Siaz e por outros ataques a membros da oposição ocorridos em menos de 48 horas na Venezuela, que está em campanha eleitoral para as eleições parlamentares de 6 de dezembro.
“Queremos dizer que o Estado venezuelano é responsável, por ação e omissão, por qualquer ato de violência na Venezuela. O incitamento à violência feito ao mais alto nível do Estado semeia o ódio”, diz o comunicado da Mesa de Unidade Democrática, que agrupa os partidos da oposição.
Cúmplice moral da violência na Venezuela, Dilma Rousseff, como de costume, está calada.
Pouco antes do crime, no entanto, Corina havia agradecido ao senador tucano Aloysio Nunes pela “solidariedade” demonstrada em seu discurso – traduzido para o espanhol em vídeo do Youtube – na Comissão de Relações Exteriores do Senado brasileiro na terça-feira.
“É uma indignação o que estamos vendo na Venezuela”, dissera Nunes.
“O mundo democrático tem seu olhos sobre a Venezuela e não permitirá o atropelo da soberania popular”, acrescentou Corina.
O fato é que todos que ameaçam o poder de gente sem escrúpulos correm risco de vida.
Este blog torce para que os integrantes da Operação Lava Jato se mantenham sempre seguros.
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* Veja também aqui no blog:
– Candidato de Lula perde na Argentina e vencedor virá ao Brasil educar Dilma Rousseff (Macri quer suspender Venezuela do Mercosul)
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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