Assine VEJA por R$2,00/semana
Felipe Moura Brasil Por Blog Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
Continua após publicidade

Revista pautada por Lula diz que não sabia de nada. Oh, surpresa

Blog comenta repasse de R$ 3,5 milhões da Odebrecht à editora da Carta Capital

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 30 jul 2020, 21h07 - Publicado em 13 dez 2016, 13h21
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Capa da edição 926 da revista Carta Capital, de novembro de 2016
    Capa da edição 926 da Carta Capital, de novembro de 2016: O povo escorraçou o PT nas urnas, mas a revista lamenta “incapacidade de agir” ()

    Resumindo em tuitadas:

    Publicidade

    – Editora que publica revista que defende PT ganha R$ 3,5 milhões de empreiteira contratada no governo do PT e alega ser adiantamento de publicidade. Haja petice.

    Publicidade

    – Diretora e conselheiro da Carta Capital “dizem que não sabiam” que dinheiro havia saído do setor de propinas da Odebrecht. Nem que ela tinha contrato com governo, né?

    – Que Carta Capital alegue não saber de nada da origem de R$ 3,5 milhões “emprestados” pela Odebrecht só confirma que é mesmo pautada pelo Lula.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    – A propósito: Lula, indiciado pela Polícia Federal, negou qualquer envolvimento na compra pela Odebrecht do imóvel que serviria ao Instituto Lula. Oh, surpresa…

    – Que Lula pauta Carta Capital, meu blog apontou em 1ª mão em 17 de março, destrinchando gravação da Lava Jato. Reproduzo o texto da ocasião:

    Publicidade
    lula-mino-e1458212012393
    ()

    “Lula pauta Mino Carta, editor da revista Carta Capital.

    Continua após a publicidade

    É o que confirma este trecho, referente ao 13 de março, da conversa gravada entre o ex-presidente e o então ministro Jaques Wagner:

    Publicidade

    Lula: Como foi a manifestação na Bahia?

    Wagner: Ah, teve 10, 15 mil. O [deputado federal do DEM, José Carlos] Aleluia foi falar, tomou uma vaia da porra, e ninguém mais quis falar. Na verdade generalizou porque é uma manifestação contra a política.

    Publicidade

    Lula: Acho que essa é a pedra. Acabei de [inaudível] com o Mino Carta aqui, para ele escrever um artigo mostrando que teve duas coisas: primeiro a vontade das pessoas que o combate a corrupção continue, e o Moro representa isso fortemente. Segundo, que a negação política é total. E o resultado disso, você sabe o que é?

    Continua após a publicidade

    Wagner: Lógico, o caminho pro autoritarismo.

    Lula: E aqui em SP ninguém conseguiu falar dos dirigentes, Marta, Aécio. A Marta teve que se trancar na Fiesp. Foi chamada de puta, vagabunda, vira-casaca.

    Wagner: É bom pra nega aprender. Bom, eu aviso a ela aqui e a gente conversa amanhã.

    Nota-se: Lula cantou a “pedra” para Mino Carta.

    Continua após a publicidade

    A ‘pedra’, no caso, são as diretrizes do discurso de propaganda petista em reação à maior manifestação da história do país.

    Lula orientou Mino a diluir os protestos pela saída de Dilma Rousseff e pela prisão dele em desejo de combate genérico à corrupção e em repúdio a toda a classe política, o que resultaria em autoritarismo. É a fórmula usada com frequência pelo PT para sair do foco.

    Em artigo no dia 14, Mino se empenhou em tentar desconstruir Sergio Moro, acusando-o de ‘montar um show carnavalesco que envergonha o País aos olhos do mundo e exibe, ao cabo, a ausência de uma Suprema Corte pronta a impor o império da lei’.

    Como Lula aparece em gravação reclamando da ‘Suprema Corte totalmente acorvadada’, nota-se a similaridade dos discursos.

    Continua após a publicidade

    Mino também reclama de Moro por não mandar aviso prévio a Lula sobre prestação de depoimento (ele queria um save the date…).

    O editor ainda rotula o juiz como ‘uma personalidade pueril antes ainda que provinciana’, ‘um impecável rebento destes anos de redemocratização (?) fajuta, de decadência cultural, de arrogância inaudita, de insensatez avassaladora’.

    Mas o destaque vai para a frase: ‘o complô é midiático-policial, e Moro aí está para atiçar o fogo’.

    Moro, na verdade, está aí atiçando e demonstrando o ‘complô’ de Lula com a imprensa de estimação federal a seu serviço.”

    Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

    Siga no Twitter, no Facebook e na Fan Page.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.