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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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Os engodos de Luciana Genro sobre mensalão, Black Blocs e legalização das drogas

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 03h04 - Publicado em 17 set 2014, 16h45

Não bastou à candidata do PSOL à Presidência da República, Luciana Genro, fazer a acusação mentirosa em confronto com Aécio Neves no debate da CNBB de que o mensalão petista começou no governo Fernando Henrique Cardoso, muito menos igualá-lo ao suposto “mensalão” tucano, como se a compra do Congresso para avançar uma agenda política e para perpetuar um partido no poder equivalasse a qualquer caso isolado de Caixa 2, como aquele no qual é investigada a própria psolista Janira Rocha.

Em sabatina desta tarde no portal Terra, “Lucaia”, quer dizer, Luciana tinha de ir mais além. E foi:

Captura de Tela 2014-09-17 às 14.35.02

O que a candidata faz na prática? Legitima moralmente a atuação – para não dizer os crimes – dos terroristas Black Blocs, atribuindo-a à “falta de condições de espaço para a juventude”, seja lá o que isso for. O discurso do PSOL é geralmente assim: bandido só é bandido por falta de oportunidade, de espaço, de curso de balé e de massinha – nunca pela escolha moral pelo crime. Por que com os terroristas seria diferente? Depois morrem inocentes como o cinegrafista da Band, Santiago Andrade, e os psolistas fazem aquela cara de sonso, como se sempre tivessem condenado a violência. Como diria Luciana Genro: “Uma ova!” Já mostrei aqui A moral “Black Bloc” do PSOL: Marcelo Freixo e seus partidários, antes e depois da morte de Santiago. Também já mostrei as mentiras de Freixo sobre a prisão dos bandidos. Psolistas vivem legitimando moralmente o crime, ou protegendo os criminosos contra a sociedade.

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No tema das drogas, os chavões de Luciana são os mesmos do próprio FHC, que agora integra um treco chamado Comissão Global de Políticas sobre Drogas, que reúne ex-presidentes como ele e o ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan. A notícia correta seria: esquerda internacional se reúne para pregar suposto fracasso de suposta “guerra às drogas” que ela própria sabota por toda parte – especialmente no Brasil, governado por um partido parceiro das Farc no Foro de São Paulo – para depois dizer que não funciona. Eis a ladainha:

Captura de Tela 2014-09-17 às 15.01.25

Repito mais uma vez Luciana Genro: “Uma ova!”

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O dr. Ronaldo Laranjeira deu uma ótima resposta sobre isso na arapuca de militantes armada contra ele no programa Roda Viva de 20 de maio de 2013. Relembremos o trecho que começa aos 44min50seg do vídeo abaixo

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=Ry5fOdt8DbQ?wmode=transparent&fs=1&hl=en&modestbranding=1&iv_load_policy=3&showsearch=0&rel=1&theme=dark&w=620&h=349%5D

Mário Sergio Conti: “Me parece que mundialmente a política de repressão ao tráfico, a guerra às drogas, não está surtindo efeito.”

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Dr. Ronaldo Laranjeira: “Não, mas, se você vê, no Brasil a única coisa que nós não fizemos foi guerra às drogas. Não tivemos políticas. O maior problema é uma cultura permissiva em relação ao consumo de drogas e uma cultura omissa em relação à política. Qual é a política que a gente tem de prevenção aos nossos adolescentes? Nenhuma. Qual é a política que a gente tem de deter a cocaína a chegar no Brasil? Nenhuma. Qual é a política de tratamento? Nós temos muito pouco. Então você não tem nenhuma política e você acha que nada deu certo; então vamos abandonar isso e vamos liberar? Você acha que simplesmente liberar o pequeno traficante vai acabar a droga? Se a gente puder plantar maconha no quintal, o Brasil vai virar um grande maconhal. Não tenha dúvida disso. A gente brinca, mas qual é o impacto que isto vai ter na população adolescente? Já está acontecendo isso. A maconha no Brasil, ela é praticamente descriminalizada. Então você vai querer facilitar mais o acesso à droga do adolescente? Acho que essa é que é a questão importante. A gente já não tem política para o pequeno traficante, para a dispersão dessas pessoas. Agora você vai tolerar o pequeno traficante? Do ponto de vista de saúde pública (…), você tem de adotar políticas que façam a diminuição do acesso às drogas. Esse é o princípio que me parece que deu certo no caso do tabaco, dá certo no caso de álcool, que a gente não faz aqui… E é isso que a gente tem que tentar ver: qual é o nosso modelo para lidar com as drogas ilícitas. (…) Se qualquer país no momento tivesse o modelo ideal, seria fácil. No álcool e no tabaco a gente tem. Nas drogas ilícitas é mais complicado. E aí fica dependendo do gosto do freguês.”

Antes, por volta dos 40 minutos:

Laura Capriglione: “Por exemplo, se a pessoa pode plantar a sua maconha em casa, você reduz o tráfico.”

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Dr. Ronaldo Laranjeira: “Me prova isso. Não tem uma experiência que vai mostrar isso.”

Laura Capriglione: “Em Portugal, a gente não tem isso?”

Dr. Ronaldo Laranjeira: “Portugal é um grande fetiche. Eu acho até bom o modelo português. Mas se você olhar o que aconteceu independentemente de Portugal, de 2001 a 2011, aumentou o consumo de drogas! Então para mim o parâmetro principal, do ponto de vista de saúde pública, eu defendo para as drogas ilícitas o mesmo para as drogas álcool e cigarro. Para mim, o importante é diminuir o consumo. Se você me convencer que as pessoas plantarem maconha em casa vai diminuiu o consumo de adolescentes, por exemplo, eu vou ser favorável. Mas não tenho uma vírgula de evidência disso aí.”

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De resto, a legalização das drogas NÃO elimina o comércio ilegal, como se pode ver em matéria do Washington Times sobre o mercado negro do Colorado, onde a maconha foi legalizada. Se o comércio legal de medicamentos, roupas, CDs, cigarros, programas de computadores, não acabou com a receita financeira dos contrabandistas e do mercado negro, por que a legalização das drogas acabaria com a receita financeira do tráfico? Isto é papo de delinquente intelectual que não conhece nem os Sete mitos e mentiras sobre a legalização das drogas. As Farc – que também são a favor, como os psolistas – agradecem pela gentileza.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

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