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Felipe Moura Brasil Por Blog Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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Alguém aí guarda pedalinhos em sítio de amigo?

Nota do Instituto Lula não faz sentido nem nunca fará. Veja análise

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 30 jul 2020, 23h24 - Publicado em 2 mar 2016, 05h32
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  • Lula Marisa pedalinhos

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    Os pedalinhos nos quais este blog identificou os nomes dos netos de Lula foram comprados pelo subtenente Edson Antonio Moura Pinto, que ocupa um dos cargos de “servidores de livre provimento” a que ex-presidentes têm direito “para segurança e apoio pessoal”, segundo a lei 7474 de 1986.

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    Foi assim que o Instituto Lula explicou em seu site as notas fiscais da compra, considerando-a enquadrada nas tarefas de “apoio pessoal” que o assessor poderia desempenhar.

    Mais adiante, no entanto, o instituto afirmou que “os pedalinhos foram adquiridas [sic] por Dona Marisa, que também adquiriu uma canoa de alumínio”.

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    Se Edson comprou os pedalinhos, mas Marisa foi quem adquiriu, a tradução do lulês para o português indica que Edson fez a compra a mando de Marisa, exercendo, portanto, uma tarefa aparentemente não prevista na lei 7474: a de “apoio pessoal” à ex-primeira-dama.

    Isto é apenas um detalhe, claro, mas ele é bastante revelador de como a defesa de Lula se contradiz a todo instante, a despeito de suas tentativas de ironizar “esse capítulo da história do jornalismo investigativo brasileiro, digno de um filme que mereceria o Oscar (‘Os pedalinhos’)”.

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    Ninguém duvida que Lula, o rei das pedaladas, poderia concorrer ao Oscar de Melhor Ator por esse filme.

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    Uma das frases do roteiro do Instituto Lula que já nascem clássicas é:

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    “Não faz sentido guardar pedalinhos ou canoas de alumínio em um apartamento em São Bernardo do Campo.”

    Na vida real, o que não faz sentido nem nunca fará são alegações como essa. É como você dizer que comprou um cavalo para a sua fazenda porque não faz sentido guardá-lo em seu apartamento na cidade.

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    Dããã.

    A palavra “guardar”, no entanto, não foi usada por acaso. Como a versão de Lula é que seu amigo Jacó Bittar comprou o sítio para que ele pudesse “acomodar objetos” recebidos durante seus dois mandatos, o Instituto Lula enquadrou os pedalinhos entre os objetos a serem acomodados, isto é, guardados.

    É uma forma de adaptar qualquer novo elemento descoberto pela Polícia ou pela imprensa à versão anterior divulgada pela defesa, mesmo que o resultado da adaptação seja patético.

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    Ou alguém aí “guarda” pedalinhos em sítio de amigo? Pedalinhos com nomes dos netos, repito.

    O fato é que Lula jura não ser dono do sítio reformado por empreiteiras do petrolão, mas a compra de equipamentos para o lazer de seus netos na propriedade é um sinal de que ele e Marisa não apenas a usufruíram, mas também ajudaram a incrementá-la para maior proveito e diversão da família.

    Como diz o meu novo ditado:

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    Imóvel dado, não se olha a empreiteira.

    Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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