O presidente do PSDB, Bruno Araújo, incluiu nesta semana o nome do senador Tasso Jereissati no cardápio de potenciais candidatos a presidente em 2022 para concorrer, pelo centro, com Jair Bolsonaro e Luiz Inácio da Silva ou outro nome do PT.
Tasso é uma peça de peso, mas não representa nem de longe uma posição unitária e definitiva do tucanato. A atitude de Araújo tem dois objetivos: reforçar a posição do PSDB nas tentativas de entendimento para a construção de uma ou duas candidaturas alternativas aos chamados extremos e dar um recado a João Doria.
Reflete também a rejeição existente no partido ao governador de São Paulo, tido como desleal, açodado, politicamente inábil e excessivamente identificado com o estereótipo do paulista visto com antipatia país afora. Outra razão que conspira contra Doria é o fato de ele não ter conseguido ainda transformar em capital eleitoral o exitoso trabalho em prol da vacina CoronaVac.
Integrante da CPI da Pandemia, Tasso Jereissati já foi mais resistente à ideia de se candidatar à presidência, projeto que acalentou em 2002, e por ora aceitou a entrada de seu nome no jogo apenas como elemento de negociação. Se porventura vier a ser o escolhido para representar o centro, já avisa que só aceita se seu nome não for fator de divisão no PSDB. Ou seja, vai se houver consenso.