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O mal do circo

Governo das mudanças terá de vencer obstáculos criados pelo governo dos conflitos

Por Dora Kramer 6 nov 2019, 08h53
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  • Ambicioso, necessário, abrangente, o conjunto de medidas enviadas ontem ao Congresso reorganiza a distribuição de recursos entre os entes federativos, imprime flexibilidade ao manejo do Orçamento e restringe gastos públicos em momentos de aperto na economia. Enfim, diz respeito ao país real.

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    Excelente notícia não fosse o fato de que para virar realidade vai precisar ultrapassar os obstáculos criados diuturnamente pelo Brasil do circo armado pelo presidente Jair Bolsonaro e suas radicais e boçais companhias.

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    O governo atua em duas realidades distintas que uma hora podem entrar em choque, impedindo avanços como os contidos na boa ideia levada a termo pelo ministro Paulo Guedes. Agora seria o momento de termos um cenário político e institucional apaziguado, sob o comando de um presidente ainda no cumprimento do primeiro ano de mandato.

    No lugar disso o que temos são conflitos de toda sorte. Perda de apoio (ainda não explícito, mas já implícito) nas Forças Armadas, declarações cada vez mais fortes do presidente da Câmara com o respaldo da Casa e do Judiciário nem há o que dizer diante daquele vídeo comparando o Supremo Tribunal Federal a uma alcateia de hienas.

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    Foi desnecessária a alfinetada em Rodrigo Maia na forma de escolha do Senado para o início da tramitação das medidas, mas isso ao longo do processo tende a se diluir. O Congresso sempre poderá atuar em linha direta com Paulo Guedes, como foi no caso da reforma da Previdência, mas enquanto isso a autoridade do presidente segue sendo erodida por iniciativa dele e dos seus.

    Atos que testam os limites da democracia e da paciência da nação. A reformulação agora proposta precisa de habilidade e sensatez pois, embora benéfica, conflita com interesses e hábitos arraigados. Sua tramitação de fato vai se dar em ano eleitoral em que não estarão em jogo os mandatos dos congressistas, mas a reorganização do quadro de prefeitos e vereadores que formam a base primeira de sustentação a candidaturas dos pretendentes a se eleger em 2022. Jair e Eduardo aí incluídos.

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