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A caravana passará

O PT esperneia, mas a República não vai se abalar por Lula

Por Dora Kramer Atualizado em 31 jan 2018, 15h52 - Publicado em 19 jan 2018, 06h00
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  • Novamente o PT, Lula e companhia tentam enganar o Brasil. Por ora e em parte, vão conseguindo. A falácia da vez diz respeito à importância do julgamento desta quarta-feira, dia 24, para a saúde da República.

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    Há convocação extra de policiais, fechamento de prédios públicos e todo um clima de apreensão em Porto Alegre para fazer frente a supostos distúrbios decorrentes das manifestações pró e contra o resultado do julgamento do ex-presi­dente no TRF da 4ª Região, bem como há toda uma eletricidade no ar na expectativa de que a sessão de Justiça desencadeie fortes agressões à ordem pública e sérias consequências políticas.

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    Aposto antes do fato consumado: a República e seus cidadãos (os normais, bem entendido) seguirão inabaláveis sendo confirmada ou reformada a condenação de Lula no primeiro dos vários processos em que é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e obstrução da Justiça.

    Nada ocorrerá de grave no Rio Grande do Sul nem em parte alguma do Brasil se Lula for condenado, absolvido ou contemplado com decisão não unânime e, assim, a possibilidade de recursos que lhe permitam apresentar-se como candidato sub judice. De onde a certeza de que se arma um barulho maior que a bomba? De fatos e de análises dos trabalhos de inteligência do Ministério da Defesa.

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    Aos fatos: nada impediu o curso dos processos, nenhuma comoção nacional foi registrada, nenhum abalo institucional pôde ser observado nas ocasiões anteriores em que Lula se viu publicamente diante da Justiça. Rompida a barreira da novidade no episódio da condução coercitiva, nada digno de nota tal como esperado pelo PT nas duas vezes em que o ex-presidente depôs em Curitiba ao juiz Sergio Moro.

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    Nada sugere que agora será muito diferente, não obstante os esforços do PT, que já não tem nada a oferecer aos militantes, voluntários ou patrocinados, além da ilusão de um hipotético engajamento popular no destino de Lula. Nervosos diante da normalidade legal em que se desenrolam os acontecimentos, dirigentes partidários apelam, como de hábito, para o desenho do caos inexistente. Nesse aspecto, deu contribuição inestimável a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, na previsão de que “muita gente” será morta ou presa antes que Lula venha a cumprir pena, se ou quando for condenado.

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    Cenário desidratado pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, ao receber com a devida indiferença a solicitação do prefeito Nelson Marchezan Júnior de ocupação das ruas de Porto Alegre por contingente militar. Por dois motivos: a prefeitos não cabe essa prerrogativa e a Constituição só prevê atuação das Forças Armadas quando há quebra da ordem pública e apenas quando a desordem se instala.

    O PT promete esperneio no caso de resultado desfavorável. É o previsto. Assim como é presumível que a reação tenha o mesmo destino das denúncias do “golpe” e caia no vazio, entre outros motivos, por falta de adversários dispostos a subir nesse tão desgastado ringue.

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    Publicado em VEJA de 24 de janeiro de 2018, edição nº 2566

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