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Diário da Vacina

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A repórter Laryssa Borges, de VEJA, relata sua participação em uma das mais importantes experiências científicas da atualidade: a busca da vacina contra o coronavírus. Laryssa é voluntária inscrita no programa de testagem do imunizante produzido pelo laboratório Janssen-Cilag, braço farmacêutico da Johnson & Johnson.
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Podemos tomar doses da vacina de fabricantes diferentes?

Como voluntária, me comprometi a não participar de outra pesquisa médica relacionada à Covid-19, o que impede saber se mix de vacinas poderia ser promissor

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 dez 2020, 11h49 - Publicado em 29 dez 2020, 09h56

28 de dezembro, 15h23: Quarenta países já começaram a vacinar suas populações contra o novo coronavírus. Em todos os casos, os imunizantes são ministrados em duas doses com intervalos de poucas semanas. Quando chegar a vez de nós, brasileiros, termos acesso às vacinas, provavelmente não saberemos se em nosso braço estará sendo injetada um antígeno produzido pela Pfizer, pela AstraZeneca ou pela chinesa Sinovac. Neste caso, podemos tomar uma dose de cada fabricante? Há riscos?

As respostas dos cientistas são nebulosas porque, na pandemia, é como se estivéssemos trocando o pneu com o carro em movimento. Não há estudos suficientes para demonstrar eventuais benefícios ou malefícios de se misturar doses desenvolvidas por diferentes farmacêuticas. Na história da evolução das vacinas, porém, é mais do que comum que populações recebam imunizantes de fabricantes distintos. Existe até um nome para isso – intercambialidade de vacinas – mas a prática só ocorre depois de pesquisas alongadas sobre os efeitos nos imunizados e possíveis reações adversas, o que não tem sido possível durante o caos de mortes e UTIs lotadas por pacientes vítimas do novo coronavírus.

Quando me tornei voluntária no estudo clínico da Johnson & Johnson, em meados de novembro, assinei um documento me comprometendo a “não participar de nenhuma outra pesquisa médica” relacionada à Covid-19. Fato é que, por travas como esta, não existe um grande volume de voluntários se submetendo a um blend de vacinas para ver o que acontece.

Ainda assim, uma boa notícia foi divulgada nesta segunda-feira pelo ministro da Saúde da Rússia e presidente do Instituto Gamaleya Alexander Gintsburg. A partir de um memorando de cooperação entre o Gamaleya e a AstraZeneca, foi testada a possibilidade de se misturar as duas vacinas. Não é o equivalente a tomar uma dose de cada, mas o resultado foi promissor: uma combinação da vacina russa Sputnik V com um preparado do imunizante da empresa anglo-sueca pode proteger contra a infecção por coronavírus por até dois anos, anunciou Gintsburg. A vacina híbrida, disse ele, ajudaria o organismo a memorizar melhor os estímulos de proteção e poderia imunizar o paciente por tempo muito superior a alguns poucos meses.

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