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O malabarismo de Bolsonaro para reabilitar Santini da farra no jato da FAB

Amigo dos filhos do presidente, assessor especial recuperou progressivamente espaço no governo, mesmo após polêmica sobre o uso de aeronave

Por Clarissa Oliveira Atualizado em 1 jul 2022, 16h39 - Publicado em 1 jul 2022, 16h34

A sucessão de acontecimentos que levou José Vicente Santini a ser nomeado assessor especial na Presidência da República é prova de que Jair Bolsonaro nunca quis de fato demitir o aliado. Desde que Santini foi pego usando um avião da FAB para uma viagem oficial à Índia, Bolsonaro deu muitas voltas até conseguir reabilitá-lo.

+Leia também: Alvo da PF no caso Allan dos Santos, bolsonarista volta ao Planalto

Vindo de uma família de militares e amigo de longa data dos filhos do presidente, Santini foi demitido 2020. Na época secretário-executivo da Casa Civil, ele viajou à Suíça e à Índia, representando o então ministro Onyx Lorenzoni. Como interino, ele podia requisitar a aeronave. Mas, enquanto titulares de vários ministérios viajavam em voos comerciais para baratear custos, o número dois quis o jatinho oficial.

Pegou mal, até porque a viagem custou caro. E contrastava feio com o discurso eleitoral de Bolsonaro pela austeridade nos gastos públicos. Diante da repercussão, o presidente deu uma bronca para todo mundo ouvir e exonerou o auxiliar. Só que a decisão foi tomada a contragosto. Tanto é que, poucas horas depois, começou a tomar forma um movimento para reabilitar Santini. Houve uma tentativa de emplacá-lo logo em seguida em outro cargo no governo. Mas o barulho nas redes sociais fez Bolsonaro recuar.

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Mesmo oficialmente fora do governo, Santini era visto com frequência pelos corredores do Congresso e do Planalto. Não falava com jornalistas quando abordado, nem atendia a telefonemas. Os amigos dele diziam, em reservado, que Bolsonaro fez chegar o recado de que não queria ter sido forçado a demiti-lo. Mas que não teve alternativa.

Mas Santini foi, pouco a pouco, sendo reabilitado. Em setembro daquele ano, voltou formalmente ao governo. Passou a assessorar o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Dali em diante, seguiu subindo degraus. Passou para a Secretaria-Geral da Presidência. Para, em agosto do ano passado, tornar-se secretário Nacional de Justiça, cargo no qual se viu envolvido no caso do blogueiro Allan dos Santos.

+Saiba mais: Moraes cobra o governo sobre extradição do bolsonarista Allan dos Santos

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