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Minhocão vira parque e põe fim à polêmica entre derrubar e manter a via. Pelo menos, por enquanto

Lei sancionada por Fernando Haddad oficializa o Parque Minhocão, que passa a ter vigilância da guarda municipal

Por Mariana Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2020, 23h19 - Publicado em 11 mar 2016, 08h14
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  • Frequentadores do Parque Minhocão, no centro de São Paulo (Foto Parque Minhocão)

    Frequentadores do Parque Minhocão, no centro de São Paulo (Foto Parque Minhocão)

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    Desde ontem, o Minhocão, na capital paulista passou a ter oficialmente dois nomes diferentes. De segunda a sexta das 6h30 às 21h30, atende por Elevado Costa e Silva. Das 21h30 às 6h30 do dia seguinte e durante o final de semana (a partir das 15h30 de sábado até segunda-feira às 6h30) é chamado Parque Minhocão.

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    O nome duplo é resultado da lei sancionada pelo prefeito Fernando Haddad (PT) a partir de um projeto de lei do verador Police Neto (PSD) e põe fim à polêmica sobre o destino da via. O Minhocão não será desmontado, pelo menos não por enquanto.

    Há cerca de quatro anos, quando o elevado passou a ser usado mais intensamente para a prática de esportes, como corridas e pedaladas, intervenções artísticas, murais de grafite, apresentações de peças de teatro, aulas de yoga, passeio de cães, performances de artistas de rua e outras atividades, parte dos moradores da vizinhaça se voltou contra a idéia de ter ali um local de lazer. Para eles, o ideal seria colocar a via abaixo.

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    Eles se queixam de que não houve consulta à população para aquele tipo de uso e argumentam que a parte de baixo da via continua degradada, escura e insegura, prejudicando o comércio e a circulação local.  Temem que bandidos pulem do Minhocão para o telhado de estabelecimentos e para as janelas dos apartamentos e que frequentadores despenquem da via por falta de estruturas de segurança. Reclamam ainda do barulho dos frequentadores, do uso de caixas de som e da presença de food trucks, que na opinião deles configura uso privado de um espaço público. Em comunidades do Facebook, como Parque Malufão, SP para o Pedestre e Movimento Desmonte do Minhocão, criticam as iniciativas do pessoal que fez da via um lugar de encontro e da prática de esportes.

    Já a turma do Parque Minhocão  (aqui também) argumenta que, uma vez que a via está ali, melhor que seja usada pelos moradores da cidade. É a chance ter um parque na região central e de dar opção de lazer a quem, durante décadas, só viu carros passando sob a janela. Além disso, a alta frequência de usuários é a principal forma de combater a insegurança e a degradação da vizinhança do Minhocão. O parque se tornou um lugar sem igual na cidade, um espaço público espontaneamente consolidado e, por isso, precioso.

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    Turma do Parque Minhocão segurando sua bandeira (Foto Wagner Tamanaha/ Flickr)

    Turma do Parque Minhocão segurando sua bandeira (Foto Wagner Tamanaha/ Flickr)

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    Com a oficialização do Parque Minhocão nos períodos em que o elevado estiver fechado aos carros, ganham os frequentadores do local. Agora a gestão pública poderá melhorar os acessos, a iluminação e a segurança, com a presença da guarda municipal. Com a lei, o parque passa a ter sua própria administrção. A prefeitura deverá indicar um responsável pela zeladoria do parque e criar um conselho gestor que tenha entre os membros frequentadores do parque, representantes de movimentos civis, funcionários do parque e da prefeitura.

    A medida abre caminho para o Parque pouco a pouco se sobreponha ao Elevado. O Plano diretor da cidade determina que o tráfego de veículos na via seja desativado até 2029.

    Vista noturna do Minhocão (à esq.) (Foto Léo Zanon/ Flickr)

    Vista noturna do Minhocão (à esq.) (Foto Léo Zanon/ Flickr)


    Por Mariana Barros

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