Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Bahia Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por VEJA Correspondentes
Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens baianos.
Continua após publicidade

Discussão ‘improdutiva’, Escola sem Partido não passa no STF, diz ACM Neto

Prefeito de Salvador entende que é 'impossível' controlar conteúdo de aulas e que debate político nas escolas é 'importante'

Por Rodrigo Daniel Silva
Atualizado em 27 nov 2018, 21h26 - Publicado em 27 nov 2018, 21h17

Presidente nacional do DEM, o prefeito de Salvador, ACM Neto, criticou, nesta terça-feira, 27, em entrevista a VEJA, o projeto Escola sem Partido, que pretende combater suposta doutrinação ideológica nas escolas e é defendido pelo governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Para ele, a discussão da matéria  é “improdutiva” e que, se for aprovada pelo Congresso Nacional, poderá levar ao cerceamento da liberdade de manifestação.

O projeto avançou na semana passada na comissão especial destinada a debatê-lo na Câmara dos Deputados e pode ir a votação na próxima quinta-feira, 29.

“Eu, democraticamente, respeito quem defende o projeto, mas eu sou contra. Primeiro porque, em geral, no Brasil as salas de aula não são espaços de manifestação ou de exercício da militância política. Segundo, porque considero que é praticamente impossível querer controlar o que o professor coloca em sala de aula. Terceiro, porque considero que o debate político é importante que aconteça. É óbvio que sem direcionamento com o objetivo de doutrinar o aluno, mas não pode querer retirar do ambiente escolar a saudável discussão política. Considero que essa [proposta do Escola sem Partido] é uma discussão improdutiva e, mais do que isso, se eu fosse parlamentar, votaria contra o projeto”, afirmou ACM Neto.

O prefeito de Salvador relata que a discussão política na escola o ajudou a descobrir sua vocação para vida pública. Para ele, “dificilmente” a matéria será considerada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na Corte, o ministro Luís Roberto Barroso é relator das ações que questionam uma lei estadual de Alagoas sobre o tema.

“Acho que é inevitável que essa questão esbarre no Supremo, porque, de fato, vai se discutir direitos assegurados pela Constituição, sobretudo a liberdade de expressão e de manifestação. Não teria um palpite para dar, mas acho difícil o Supremo manter um projeto como esse, que, a meu ver, pode cercear a liberdade de manifestação da cidadania”, declarou.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.