Assine VEJA por R$2,00/semana
Augusto Nunes Por Coluna Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

“Velhas novidades” e outras sete notas de Carlos Brickmann

O PSDB fica no Governo. Claro, dizem que é para garantir a estabilidade e os avanços na economia. Nada a ver com cargos e verbas, claro

Por Augusto Nunes Atualizado em 14 jun 2017, 07h22 - Publicado em 14 jun 2017, 07h22
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Publicado na coluna de Carlos Brickmann

    Publicidade

    O veterano Repórter Esso, que marcou época no rádio e na TV, tinha como lema “o primeiro a dar as últimas”. Os noticiários do Brasil, hoje, são os de sempre, divulgando o de sempre. Novidades? Preferem velhidades. Para todos nós, resta a impressão de que só há notícias bem antigas.

    Publicidade

    O PSDB fica no Governo, como ficou sempre que pôde. Claro, dizem que é para garantir a governabilidade e a estabilidade do país e os avanços na economia. Nada a ver com cargos e verbas, claro. Puro patriotismo.

    Lula diz que o PT tem muito a ensinar aos outros partidos. Não é bem assim: com Mensalão, Petrolão, empreiteiras amigas, açougueiros amigos, propriedades que não são dele, nunca antes na História desse país partido nenhum girou tanto dinheiro. Mas o PMDB é mais competente: participou da farra petista e continuou no poder quando o PT caiu. O PT, na busca de pixulecos, perdeu gente de nível, como Hélio Bicudo, Paulo de Tarso Venceslau (que, além de sair, fez as primeiras denúncias de malfeitos petistas), Erundina. O PMDB fez igual e não perdeu ninguém. O PSDB, este tem a aprender. Não é questão de ética: há muito tucano, incluindo seu candidato à Presidência, em listas de denunciados. Nem de caráter: a ala jovem tucana, que era contra ficar no Governo, resmunga mas ficou. Miguel Reale Jr., 73, foi quem saiu do partido. Pergunta que os líderes tucanos não fizeram: se o PSDB é igual aos outros, por que ficar lá?

    Publicidade

     

    Publicidade

    Alto nível

    Publicidade

    O PSDB promoveu uma reunião de altíssimo nível para decidir o que fazer. Havia quatro governadores, Geraldo Alckmin, de São Paulo, Beto Richa, do Paraná, Marconi Perillo, de Goiás, e Simão Jatene, do Pará, quatro ministros, Bruno Araújo, Aloysio Nunes, Antônio Imbassahy e Luislinda Valois, dois prefeitos de capitais, Arthur Virgílio Neto, Manaus, e João Doria, São Paulo, mais um carro Gol lotado com a ala jovem tucana. Decidiram que ficar no Governo é melhor do que na oposição.

     

    Publicidade

    Exemplo partidário

    Continua após a publicidade

    O PMDB é coerente: está sempre com o Governo. O Governo muda, o PMDB fica. Ninguém desvia o PMDB de seus ideais.

    Publicidade

     

    Publicidade

    De um lado a outro

    Quando os fundadores do PSDB resolveram tomar rumo próprio, eram classificados como “a consciência do PMDB”. Tinham deixado o partido por não concordar com seus rumos. Mas, se os tucanos deixaram o PMDB, o PMDB não deixou os tucanos. O PSDB esteve em todos os governos, exceto o de Collor – e só porque Mário Covas, governador de São Paulo, impediu a adesão (Collor queria Serra e Fernando Henrique no Ministério). Mas há uma diferença entre Reale Jr. e Covas: Reale Jr. tem prestígio, caráter, e Covas tinha o Governo paulista.

    Continua após a publicidade

     

    Publicidade

    A força da palavra

    Miguel Reale Jr. tem também o dom da palavra. E está indignado:

    “É difícil sair de um partido do qual fui vice-presidente em São Paulo, amigo de todos os dirigentes, em que compartilhei ideais e esperanças. Mas desisti diante de tantas vacilações e fragilidades. Não se pode ser fraco diante da afronta à ética.” E, referindo-se à fama tucana de sempre ficar em cima do muro, previu o futuro do PSDB: “Espero que o partido encontre um muro suficientemente grande que possa servir de túmulo”.

    Continua após a publicidade

     

    Publicidade

    O TSE é só nosso

    Do repórter Cláudio Tognolli: “Só no Brasil o juiz Napoleão cita o Alcorão, pede guilhotina para os jornalistas e fica tudo por isso mesmo”.

     

    Publicidade

    O voto do TSE…

    Houve quem aprovasse e quem criticasse a decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Os dois lados têm leis para citar (e citam só a parte da legislação que melhor atenda às suas preferências políticas). O fato é que as leis devem ser interpretadas, e quem decide é a Justiça. Ponto final.

    Decisão judicial se cumpre, mas pode-se (e deve-se) discuti-la. A posição de um dos procuradores da Lava Jato contra a decisão, porém, não pode ser aceita: primeiro, porque os procuradores têm o direito de propor, mas não de decidir; quem decide são os juízes, ouvidos obrigatoriamente os advogados que defendem os réus. Insultar os juízes, faltando-lhes com o respeito, e classificando o voto dos que não concordam com os promotores de “verdadeiro cúmulo do cinismo”, é um excesso que também deve ser discutido. E os próprios procuradores devem, entre si, iniciar a discussão.

     

    Publicidade

    …e suas consequências

    A senadora Kátia Abreu, antiga líder dos ruralistas, ex-DEM, ex-PSD, hoje PMDB, que era ferozmente antipetista e virou amiga de infância de Dilma, quer vê-la candidata ao Senado ou à Câmara pelo Tocantins. Dilma sairia pelo PT e Kátia a apoiaria pelo PMDB. Mas já há reações: no Estado, entidades antipetistas estão organizando o movimento “Aqui, não!”

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.