Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Augusto Nunes Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Coluna
Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Valentina de Botas: Sozinha, Dilma consegue permanecer mal-acompanhada

Sexta-feira 13, a passada. Não tenho superstições: elas dão azar. Sorrio da minha brincadeira. Ainda sorrio, apesar do país refundado em cafajestice. Mas é um sorriso de outro jeito, um sorriso desfalcado. Quantos mais fantasmas do que o país poderia ter sido ainda germinarão em outros? Ouçamos Quintana: da vez primeira em que me assassinaram, […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 02h05 - Publicado em 19 fev 2015, 17h20

Sexta-feira 13, a passada. Não tenho superstições: elas dão azar. Sorrio da minha brincadeira. Ainda sorrio, apesar do país refundado em cafajestice. Mas é um sorriso de outro jeito, um sorriso desfalcado. Quantos mais fantasmas do que o país poderia ter sido ainda germinarão em outros? Ouçamos Quintana: da vez primeira em que me assassinaram, perdi um jeito de sorrir que eu tinha.

O poeta fala de dentro do meu coração que, num alumbramento entre os brasis melhores que o Brasil poderia ser, talvez misture imaginação e lembranças. Quantas vezes o futuro do país será assassinado até que baste, forçando a reinvenção indispensável do sorriso que, não obstante, reinventa-se sempre desfalcado de um jeito que tinha?

Augusto Nunes mostra como Dilma não deu azar, dilma deu em dilma. Sozinha, consegue permanecer mal-acompanhada; isolada, o caráter miúdo exige as piores companhias. Quando presidente, com a chave do cofrão público, o jeca domou a base aliada e, mesmo que a rústica habilidade política dele submeta-se ao mau-caratismo, ela existe.

O embusteiro exerceu menos esta e mais aquele por escolha; Dilma também, mas não por escolha, pois aquela habilidade rústica dele limita-se, na presidente, à rusticidade. Entre a parvoíce incônscia e o autoritarismo voluntarioso, a política tosca não sabe nem quer saber como aproximar-se de um Congresso agora arredio. Supõe os horizontes do déspota, aqueles em que cidadãos e os demais poderes da república prestam-lhe naturalizada obediência.

Continua após a publicidade

Hã? Democracia? Como assim? Falta aos dois embusteiros uma sequência no genoma político que os incapacita à assimilação do que são e para que servem a democracia e a república. Na arenga com o governo, o PMDB, organismo perfeito do darwinismo político, na sua porção Eduardo Cunha exerce a democracia e a boa notícia se esgota abruptamente aí, pois, entre os tapas e beijos dos ainda amantes, os interesses do país são só coadjuvantes.

Na obstinação em ter mais poder, a presidente bisonha o enfraqueceu ao ignorar a advertência de Napoleão: entre o sublime e o ridículo basta um passo. Imune ao risco de ser sublime, o governo ridículo de Dilma erra na escolha das ações e dos agentes. O espantoso é a realidade desvelada como se oculta estivera quando terá sido sempre óbvia.

Ao se amoitarem para salvar a própria pele e o butim bilionário, o jeca, o marqueteiro e a fraude – a trinca que governa o país – assassina outra vez o futuro da nação. Incorrem já na camuflagem da verdade, numa narrativa que torna o transbordamento da roubalheira em sanha investigativa − é a mentira, o pão da alma da súcia. Lulopetistas mentem da aurora à madrugada. Mentem na cara dura e na conversa mole; na política feroz pela vida mansa.

Na busca por socorro, Dilma permanece fiel à impostora que o jeca farsante sagrou. A sorte dessas aves da noite/asas do horror (voltando a Quintana), bandidos ordinários como qualquer ladrão de estrada, é que estão no Brasil lindo e trigueiro acostumado ao futuro sucessivamente assassinado; o azar é que verdades não morrem, mesmo num brasil brasileiro. Sorrio, outra vez de outro jeito.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.