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Para eleger o novo, Lula junta no palanque do PT a ex-prefeita que expulsou no século passado e um velho conhecido da Interpol

“Luiz Inácio Lula da Silva tem como princípio não ter princípio, tanto moral, ético ou político”, começa o brilhante artigo de Marco Antonio Villa reproduzido na seção Feira Livre. Homens assim se dispensam de compromissos com o que dizem, berram as estrondosas colisões entre a prática e o discurso da metamorfose malandra. Villa demonstra que […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 08h36 - Publicado em 17 jun 2012, 10h56

“Luiz Inácio Lula da Silva tem como princípio não ter princípio, tanto moral, ético ou político”, começa o brilhante artigo de Marco Antonio Villa reproduzido na seção Feira Livre. Homens assim se dispensam de compromissos com o que dizem, berram as estrondosas colisões entre a prática e o discurso da metamorfose malandra. Villa demonstra que tem sido assim desde 1975. Não poderia ser diferente na temporada eleitoral deste ano.

No Programa do Ratinho, por exemplo, Lula invocou o critério da certidão de nascimento para justificar a escolha do candidato do PT à prefeitura de São Paulo. “Por que o Fernando Haddad?”, levantou a bola o apresentador. Decidido a acentuar a suposta vantagem dos 49 anos do ex-ministro da Educação sobre os 70 do adversário tucano José Serra, o palanqueiro oportunista aposentou cirurgicamente, sem anestesia, a  companheira Marta Suplicy.

“Convivi com a Marta durante trinta anos”, informou. “Era o momento da gente apresentá uma coisa nova pra São Paulo. A população vai votá no novo porque quer mudança em São Paulo”. Convidado a subir ao palco, o candidato recitou com muita aplicação o palavrório recomendado pelo principal slogan da campanha: “Um homem novo para um tempo novo”. E concordou com o chefe: o eleitorado de São Paulo quer ver pelas costas quem já administrou a cidade.

Nesta sexta-feira, Haddad teve de fingir que nunca esteve no Programa de Ratinho, nem sabe direito quem é o marqueteiro da campanha, para comunicar oficialmente (sem ficar ruborizado) que a candidata a vice é a deputada federal Luiza Erundina. Indicada pelo PSB, Erundina foi prefeita de 1989 a 1992. Vai completar 78 anos em novembro. Ela e Haddad se enfiaram na mesma saia justa quando os jornalistas perguntaram se estão satisfeitos com a aliança, costurada por Lula e Dilma Rousseff, que colocou no colo da dupla Paulo Maluf e seu PP.

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Hoje com 80 anos, o novo aliado foi prefeito entre 1969 e 1971, nomeado pelo governo militar, e voltou a ocupar o cargo de 1993 a 1996. Quase conseguiu quebrar São Paulo. Escolheu Celso Pitta para completar a obra de destruição e nunca mais conseguiu vencer uma disputa majoritária. Em troca do apoio a Haddad e Erundina, Dilma cumpriu a ordem de Lula e e doou ao parceiro um cofre (disfarçado de “Secretaria”) no Ministério das Cidades. Maluf terá de gastar o lucro por aqui: a Interpol mantém seu nome na lista dos mais procurados em todo o mundo. A partir de segunda-feira, poderá encontrá-lo no palanque do PT.

Como só sabe falar do novo, Haddad perturbou-se quando instado a explicar o súbito apreço pelo antigo pesadelo. Um repórter quis saber como se sentirá ao lado de Maluf. Resposta transcrita do vídeo gravado pelo UOL: “Olha…veja bem…quando você faz uma composição política, você tem que ter o princípio. Se você olhar cada partido individualmente, você vai fazer…é…a tua avaliação sobre… é… A, B, ou C”. Nem Dilma Rousseff chegou a tanto.

Lula não compareceu à festa que juntou duas gerações do PT. Uma é a que expulsou Erundina porque aceitou ser ministra do presidente Itamar Franco. Outra é a que topa qualquer negócio, até com Maluf. O que parecia um partido virou rebanho. Lula continua o mesmo. O repertório de vigarices é que ficou maior. Quando não sabe o que dizer, ele agora se recolhe ao Sírio Libanês, perde a voz por dois dias e reaparece com cara de quem não tem nada com isso. Nunca teve.

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