O humor e a indignação jamais serão incompatíveis
PUBLICADO EM 16 DE MAIO DE 2010 A seriedade nunca foi, não é e jamais será incompatível com o humor que desnuda e desmoraliza. Os discursos de Winston Churchill sobre Adolf Hitler foram devastadores. O filme O Grande Ditador, de Charles Chaplin, também. A série “Radiografia de uma Fraude” (dividida em quatro capítulos: 1, 2, […]
PUBLICADO EM 16 DE MAIO DE 2010
A seriedade nunca foi, não é e jamais será incompatível com o humor que desnuda e desmoraliza. Os discursos de Winston Churchill sobre Adolf Hitler foram devastadores. O filme O Grande Ditador, de Charles Chaplin, também. A série “Radiografia de uma Fraude” (dividida em quatro capítulos: 1, 2, 3 e 4) escancarou a história real de Dilma Rousseff. O “Discurso sobre o Nada” vem escancarando a indigência intelectual da candidata à Presidência da República.
Não se pode brincar com quem frauda diplomas e adultera a própria biografia. Nem é possível levar a sério quem não diz coisa com coisa. Não se deve confundir seriedade com carranca, nem faz sentido renunciar ao prazer de viver por imposição dos que desonram a vida brasileira.
No livro de Rubens Ricupero sobre a viagem ao exterior do presidente eleito, Celso Lafer louva um dos numerosos atributos de Tancredo Neves: ele sabia harmonizar exemplarmente o bom humor e a veemência. Nunca brincou com coisas sérias, mas nunca deixou de sorrir das coisas ridículas. Dilma Rousseff é uma ameaça séria, mas é sobretudo uma candidata ridícula. No mesmo artigo, Lafer lembra que os autoritários ─ como o rebanho de milicianos e seus pastores fora-da-lei ─ não conseguem ser bem-humorados.
Dilma é, simultaneamente, uma piada de mau gosto e uma farsa perigosa. Será derrotada pela resistência dos que sabem combinar o rosto crispado diante da afronta com o sorriso de desdém que desconcerta e inibe até os sacerdotes do primitivismo.