Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Augusto Nunes Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Coluna
Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

“Eu, robô. Ele, robô” e outras notas de Carlos Brickmann

Haddad não é Lula, Lula não é Haddad. Caso eleito, assim como Dilma, seria uma marionete do ex-presidente

Por Carlos Brickmann
Atualizado em 30 jul 2020, 20h24 - Publicado em 1 jul 2018, 07h16

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann

Aconteça o que acontecer no Supremo Tribunal Federal — o que inclui aquelas surpresas jurídicas com que já nos acostumamos — o ex-presidente Lula não deve ser candidato à Presidência: é barrado pela Lei da Ficha Limpa. Mas faz questão de manter a ficção de pé e sustentar a candidatura até que seja formalmente impugnada pelos tribunais. Neste momento entra em cena o Plano B, aquele que Lula e seus principais seguidores garantem que não existe: ele sai de cena e tenta transferir seus votos para um poste. O robô (já escolhido) fará o papel de clone de Lula: eu sou ele, ele sou eu.

O robô, diz VEJA on-line, na coluna Radar, é Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, derrotado no primeiro turno por João Doria quando tentou a reeleição. No horário de tevê, Lula e Haddad se apresentarão, deixando claro que um é candidato-robô, só para cobrir a vaga do inelegível. Lula diz: “Eu, Lula, sou Haddad”. E Haddad, no melhor estilo dos antigos filmes de Tarzan (“Me Tarzan, you Jane”), responde: “Eu, Haddad, sou Lula”.

Haddad não é Lula, Lula não é Haddad (nem ele tem por si próprio tanta veneração quanto a que Haddad lhe dedica). Mas não faz mal: supõe-se que Haddad não faça com Lula o que Dilma fez, ao disputar a reeleição sem ceder a vaga para ele. E Haddad, um político menos afoito, não terá a ousadia de liderar o PT. Mesmo se fosse eleito, seria um robô de Lula.

Continua após a publicidade

 

Os bens da família

Afinal, a quanto monta o patrimônio da família de Lula? Aqui estão os números oficiais, expostos pelos advogados da família no inventário de Marisa Letícia, esposa do ex-presidente. No inventário não consta o apartamento tríplex, que Lula sempre negou lhe pertencer; nem o sítio de Atibaia, que segundo o ex-presidente pertence a amigos que o convidam permanentemente para ali se hospedar e se comportar como se fosse dele. Os bens imóveis, de acordo com a lei, são avaliados pelo valor venal, que raramente coincide com o valor de mercado.

Continua após a publicidade

É muito, é pouco? Veja a íntegra do documento com o arrolamento dos bens a dividir, elaborado pelo escritório Teixeira, Martins Advogados, neste link. Ao fazer as contas, não esqueça que um presidente pode acumular mais bens do que alguém com o mesmo salário, pois suas despesas correm por conta do exercício do cargo. Sem raiva, sem ódio: faça sua análise.

 

Sem Tesouro, sem partido

Continua após a publicidade

O cientista político Jairo Marconi Nicolau, professor da Universidade Federal do Rio, calcula que os atuais 35 partidos políticos brasileiros se transformem em uns 20, isso já no ano que vem. Motivo: para ter acesso ao Fundo Partidário (a caverna do Tesouro que explica por que há tantos partidos no país), a legenda terá de alcançar 1,5% dos votos para deputado federal. Esta campanha é curta; apesar de tantos políticos desmoralizados por escândalos de corrupção, muitos vão se reeleger porque são veteranos e seu nome é lembrado. O provável aumento de abstenções, brancos e nulos dificultará a tarefa de quem não é conhecido. E qual o interesse de muitos donos de partidos em mantê-los sem ter o Abre-te Sésamo da riqueza?

 

O papel da elite

Continua após a publicidade

Não, Zeina Latif não faz parte de grupos para quem a culpa de tudo é “da zelite”. É uma das mais respeitadas economistas da nova geração. E, exatamente por ser rigorosa em métodos e pesquisas, deve ser lida com atenção. Em excelente estudo publicado pela Análise XP, da XP Investimentos, Zeina Latif questiona a elite brasileira, mostrando as oportunidades que perdeu de liderar o país para o desenvolvimento. Não vale a pena resumir: o melhor é ler o texto (bem redigido, sem economês, do tamanho exato para informar e analisar. Pode ser lido rapidamente) aqui.

 

Pegue menos, pague mais

Continua após a publicidade

Lembra-se daquela história sem pé nem cabeça, de que a cobrança pelas bagagens iria baratear as passagens aéreas? Pois é: baratear não barateou, não. As passagens até subiram e, além delas, o passageiro tem de pagar também a passagem de sua mala. Nesta semana, a Gol aumentou em até 67% o preço para enviar a primeira mala (eram R$ 30, foram para R$ 50). Isso caso o passageiro opte pelo sistema mais barato, de reservar o envio pela Internet. Se levar a mala para despacho no embarque, o preço foi de R$ 60 para R$ 100. A propósito, as passagens subiram mais 7,9%.

 

É bom mas não pode

Um assíduo leitor desta coluna sugere que se economize, modernizando a administração: cada região metropolitana teria administração única, sem disputas internas; o número de prefeitos, secretários, vereadores, assessores cairia drasticamente. Mas, com menos cargos, como os partidos viveriam?

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.