Assine VEJA por R$2,00/semana
Augusto Nunes Por Coluna Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Editorial do estadão: De volta à década passada

Tanto em número de empresas como em pessoal assalariado, Brasil está em um patamar do início da década passada

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 19h36 - Publicado em 30 jun 2019, 17h57
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Talvez por ser lenta demais, a recuperação da economia observada desde o fim de 2016 não tem sido suficiente para fazer crescer o número de empresas em operação no País. Em 2017, por exemplo, quando a recessão causada pelo desastre da política econômica do governo Dilma Rousseff já estava superada, foram fechadas 21,5 mil empresas em todo o território nacional, de acordo com o Cadastro Central de Empresas (Cempre) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Publicidade

    Mas este não é o dado mais preocupante do estudo. O total de 5 milhões de empresas em atividade no País em 2017 é ligeiramente menor do que o registrado em 2010, de 5,1 milhões. Do início da crise, em 2014, até 2017, o número de empresas diminuiu em 74,2 mil e a população assalariada encolheu 3,2 milhões. Essa redução importante, especialmente no número de trabalhadores assalariados, mostra como está sendo difícil a preservação das operações das empresas e a manutenção dos empregos. “Tanto em número de empresas como em pessoal assalariado, estamos em um patamar do início da década passada”, observa a analista da pesquisa do IBGE Denise Guichard.

    Publicidade

    É nítida, na série histórica da pesquisa do IBGE, a mudança da tendência em 2014. Foi o ano em que, escondendo por meio de artimanhas contábeis a grave situação das finanças públicas, a presidente Dilma Rousseff foi reeleita. A crise, porém, já estava instalada na época. Entre 2007 e 2013, o número de empresas cresceu continuamente, passando de 4,4 milhões para 5,4 milhões. Em 2014, o total diminuiu em 288,9 mil empresas. O pequeno aumento de 11,6 mil em 2015 foi logo superado pelas reduções de 64,4 mil em 2016 e de 21,5 mil em 2017.

    O total de assalariados cresceu em todos os anos de 2007 a 2014, período em que foram gerados 11,6 milhões de postos de trabalho formais. Isso elevou o total de empregados para 48,3 milhões, o nível mais alto da série histórica do IBGE. Mas em 2015 e 2016 houve redução de 3,7 milhões de postos, o que dá a dimensão do impacto da crise sobre o mercado de trabalho. A recuperação em 2017 foi modesta, como deve ter sido também em 2018. A normalização do mercado de trabalho depende de um crescimento mais rápido do que o observado nos dois últimos anos.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.