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Por Coluna
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Débora Nunes: Homens, entendam: não é não

O que Mayer fez foi grave. Porém, o grande legado desta história quem deixa é a figurinista, a vítima, que decidiu dar um basta na situação

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 20h57 - Publicado em 9 abr 2017, 20h36

Como alguém que pretende discutir o universo feminino, não poderia ficar longe da polêmica envolvendo o ator global José Mayer. Ele, que afirma fazer parte “daquela geração de homens que entendiam que um não significava um talvez“, errou. E espero que realmente tenha aprendido a lição.

O que Mayer fez foi grave. Inadmissível. Intolerável. E tomara que seja punido legalmente. Porém, o grande legado desta história quem deixa é a figurinista, a vítima, que decidiu dar um basta na situação e foi até o departamento de recursos humanos da emissora denunciar o ator. Su Tonani descobriu, finalmente, o poder de sua voz.

Voz que nós, mulheres, estamos cada vez mais afinando para as nossas conquistas.

Mas veja que tempos turbulentos vivemos: no Brasil, um ator foi linchado em público, e, nos Estados Unidos, um presidente é eleito após ter mais de 15 acusações de assédio sexual. Donald Trump carrega tais denúncias desde os anos 80.

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Somos mais avançados no Brasil? Os EUA regrediram com a eleição de um machista como Trump?

Tenho me perguntado muito isso. E juro que não sei. Acho que, conforme as décadas passam, andamos dois passos para a frente e voltamos um para trás. Talvez a História seja assim mesmo.

Mas nossa luta segue adiante.

Luta para acabar com a ideia de que é ok assediar uma mulher. Não é. Nunca foi. Nunca será. (Aliás, por que quase não ouvimos falar de mulheres assediando homens?).

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Luta para soltar a voz na hora certa. Não com excessos histéricos ou extremistas. Mas para modificar essa mentalidade de que somos o sexo frágil e, por isso, indefesas.

Luta que não se vence com uma queda de braço, mas com inteligência.

O mundo avançou, ainda que com alguns retrocessos. E precisamos fazer os José Mayers e Trumps entenderem, de uma vez por todas, que “não” é sempre “não”. Nunca será “talvez”. Ou “um dia”. Ou “uma hora”.

E a nós cabe o papel de educar nossos filhos homens. Criá-los para entenderem que o papel da mulher é na cozinha, no trabalho ou na escola. O papel da mulher é onde ela bem entender. E que não somos melhores nem piores. Apenas iguais.

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