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“Amigo é coisa pra se pagar” e outras 6 notas de Carlos Brickmann

Léo Pinheiro depõe a respeito do apartamento triplex que não é de Lula. Ele também sabe alguma coisa sobre o sítio que não é de Lula em Atibaia

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 20h57 - Publicado em 12 abr 2017, 12h28
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  • Publicado na coluna de Carlos Brickmann

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    Sexta-feira Santa, domingo de Páscoa e, enfim, na segunda-feira que vem, 2017 começa de verdade. A previsão é de tempo quente: na própria segunda, 17, João Santana e sua mulher, Mônica Moura, devem depor no TSE sobre, digamos, as doações desburocratizadas à chapa Dilma-Temer. Na terça, ambos também deveriam ser interrogados pelo juiz Sérgio Moro, no processo do ex-ministro Antônio Palocci, acusado de receber propinas, acarajés e pixulecos para a campanha, o PT e um seleto grupo de amigos. Mas pediram adiamento para o dia 24 de abril.

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    Na quarta, 20, quem depõe é Léo Pinheiro, da OAS, a respeito do apartamento triplex que não é de Lula, no Guarujá. Ele também sabe alguma coisa, ao que dizem, sobre o sítio que não é de Lula em Atibaia. Pinheiro negocia com os procuradores da Lava Jato uma delação premiada. Há quem diga que a cereja do bolo é um esplêndido pixuleco que, este sim, passou a ser de quem não era dono de propriedade nenhuma.

    Pule alguns dias: em 3 de maio, Lula deve ser ouvido por Sérgio Moro. Deve ser um dia interessante: grupos lulistas tentam levar uma multidão a Curitiba, para no mínimo constranger o juiz Sérgio Moro e, no máximo, cercar Lula de gente, de tal maneira que o depoimento se torne impossível.

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    Marcelo Odebrecht disse a Moro que o tal Amigo citado nos papéis da Odebrecht recebendo milhões é mesmo Lula. As reformas milionárias em imóveis que não são dele não passam de lembrancinhas de pouco valor.

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    Amigo de fé

    Marcelo Odebrecht declarou a Sérgio Moro que os recursos sacados em dinheiro vivo por um assessor de Palocci, R$ 13 milhões, eram para Lula. Este é apenas um caso: não envolve retribuições da Odebrecht pela intermediação de Lula em obras no Exterior, nem em financiamentos do BNDES. A compra de submarinos franceses, no Governo de Lula, pode ter envolvido algo desse tipo: para formalizar a venda, os franceses concordaram em exigir do Brasil que os estaleiros fossem construídos e operados pela Odebrecht, o que elevou o preço em pouco mais de 10%. O contrato era de R$ 31 bilhões, e subiu R$ 3,3 bilhões para a Odebrecht.

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    A lei é dura…

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    O ministro Edson Fachin, a pedido do procurador-geral Rodrigo Janot, mandou investigar  nove ministros de Temer, 29 senadores, 42 deputados federais e três governadores, com base na delação de 78 executivos da Odebrecht. Aécio Neves é campeão de inquéritos, ao lado de Romero Jucá: cinco cada um. Renan Calheiros tem 4 (e seu filho, governador de Alagoas, Renan Filho, tem um). Mas não se preocupe, nem se alegre: o Supremo tem demorado tanto nos inquéritos que é tudo coisa para o longínquo futuro.

     

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    …mas é lei

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    Dilma tem agora um problema sério: Marcelo Odebrecht disse que doou 150 milhões de reais às suas campanhas, R$ 50 milhões em 2010 e R$ 100 milhões em 2014. Pior: segundo ele, as doações mais polpudas foram o pagamento pelas medidas provisórias 470, de 2009 – Governo Lula – e 613, de 2013, de alto interesse da empresa. Dilma (e talvez Lula) dificilmente escaparão de um inquérito na primeira instância, sob Moro.

     

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    Levantando…

    Está difícil acompanhar a roubalheira? O jornalista Ivo Patarra, que foi petista na época da formação do partido, que foi assessor de imprensa de Luíza Erundina, primeira prefeita petista de São Paulo, que deixou o PT tão logo descobriu o que acontecia, acaba de lançar Petroladrões – 3 anos da Operação Lava Jato. Conta tudo – e sabe como contar.

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    …os véus

    Ivo já escreveu um livro revelador, O Chefe, em 2010, antecipando aquilo que se descobriria com a Operação Lava Jato. E já dizia: “Lula é o chefe”. Aquilo que Marcelo Odebrecht acaba de confirmar. Petroladrões – 3 anos da Operação Lava Jato (725 páginas. Amazon.com.br, R$ 16,90).

     

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    Explorando os mais pobres

    Como faz o MST, Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, para promover passeatas e dificultar a vida de quem trabalha em São Paulo? Simples: quem comparece a cada ato do MST ganha pontos que servirão para definir quem recebe antes as casas que o movimento, desde os tempos do Governo petista, recebe dos programas federais de moradia popular. Mas não basta ir aos comícios, invasões, bloqueios de trânsito, e votar nos candidatos recomendados pela liderança: é preciso pagar por isso. São R$ 50,00 na inscrição e R$ 30,00 por mês, engordando o cofrinho dos líderes.

    O excelente repórter Agostinho Teixeira, da Rádio Bandeirantes, se inscreveu no MST, pagando todas as taxas e participando da pontuação. Não é tão cansativo: depois das invasões, as barracas só são ocupadas de dia. De noite, os “sem-teto” vão para casa – aquela que eles não têm.

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