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‘Erva daninha’, de Dora Kramer

PUBLICADO NO ESTADÃO DESTE DOMINGO DORA KRAMER A conversa será nesta semana e o tom, definitivo: a presidente Dilma Rousseff cobrará do vice-presidente, Michel Temer, que o PMDB se decida entre os meios e modos de atuação do líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha, e o compromisso de conferir estabilidade política ao governo. Cunha […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 06h13 - Publicado em 19 Maio 2013, 18h31
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  • PUBLICADO NO ESTADÃO DESTE DOMINGO

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    DORA KRAMER

    A conversa será nesta semana e o tom, definitivo: a presidente Dilma Rousseff cobrará do vice-presidente, Michel Temer, que o PMDB se decida entre os meios e modos de atuação do líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha, e o compromisso de conferir estabilidade política ao governo.

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    Cunha é visto como uma erva daninha a ser extirpada o quanto antes. Não só pelos danos já causados, mas principalmente pelo potencial de provocar prejuízos futuros. Uma informação que chegou aos ouvidos palacianos determinou a urgência na cobrança ao PMDB: Cunha estaria se preparando para tentar se eleger presidente da Câmara.

    Um mal, na visão do governo, a ser cortado pela raiz. O problema é como fazer. Levar a bancada a tirá-lo do cargo parece missão impossível, pois é evidente o apoio da maioria dos 80 deputados pemedebistas ao líder. A ideia, então, é minar a liderança dele, derrotá-lo, esvaziar sua influência fazendo ver ao partido que há mais desvantagens que vantagens na manutenção do clima de tensão permanente.

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    Segundo avaliação do Planalto, na maratona pela aprovação da MP dos Portos Eduardo Cunha afrontou o governo, confrontou a presidente, apresentou-se como representante dos interesses contrariados pela medida provisória, contribuiu para reanimar a oposição e quis mandar um recado de que comanda o processo político no Congresso.

    Perdeu no final, mas impôs a Dilma um sério desgaste. Durante dois dias levou o governo às cordas e fez despertar a preocupação de que dias piores poderão vir no Congresso por obra do líder do partido aliado que age como adversário.

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    Oficialmente, ressalta-se a vitória final da medida provisória. No paralelo, contudo, admite-se que houve falha. Os articuladores palacianos subestimaram a ousadia, a capacidade de articulação, o destemor, a esperteza e, por que não dizer, a inteligência de Eduardo Cunha.

    Só que na concepção do Planalto tudo tem limite e o episódio deve ser tratado como um “caso extremo” do qual o PMDB precisa saber recuar. Ou, então, dizer com clareza que está na oposição. Com todos os desdobramentos daí decorrentes, inclusive a renovação da aliança e a vaga de vice na chapa pela reeleição em 2014.

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    Em miúdos bastante objetivos: o partido deve “falar grosso” com o líder na Câmara e fazer ver a ele que daqui em diante é necessário restabelecer regras mínimas de convivência entre aliados. “O que não se pode aceitar é um jogo de confronto constante”, diz um ministro que recusou o chamado de Eduardo Cunha para uma conversa, altas horas da noite na terça-feira, quando a MP dos Portos enfrentava dificuldades para obter quórum na votação de destaques e emendas.

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    “Ele se posicionou como todo poderoso, acreditando que daria as cartas da negociação. A presidente desde o início foi muito clara: seria melhor perder e depois recorrer a decretos do que ceder além do limite do razoável.”

    Na visão do governo, Eduardo Cunha foi esperto ao reunir uma “bancada própria” formada por sindicalistas, empresários e políticos contrários a esse ou àquele ponto da MP. Capitalizou todas as contrariedades e apostou no enfrentamento.

    Agora a presidente quer saber se fez isso por iniciativa própria ou se tinha o respaldo da direção do partido. “Quem deu a Eduardo Cunha a certeza de que poderia medir forças com o governo?” é uma das perguntas cuja resposta Dilma vai buscar obter na conversa com seu vice Michel Temer.

    Terá sido um voo solo ou um jogo combinado? A mecânica do confronto vai se repetir, é assim que o PMDB pretende agir? Se for, o governo se diz disposto a repensar tudo. Até mesmo a agenda com o Congresso e a relação com seu principal parceiro.

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