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‘A surpresa surpreendente’ e outras sete notas de Carlos Brickmann

Publicado na coluna de Carlos Brickmann CARLOS BRICKMANN Dilma Rousseff não perde a oportunidade de perder oportunidades. Com o tesoureiro de seu partido, o PT, na linha de tiro da Operação Lava-Jato, acusado de embolsar US$ 200 milhões em propinas, Dilma teve a chance de mudar o foco do mau noticiário com a escolha do novo […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 02h09 - Publicado em 9 fev 2015, 10h54

Publicado na coluna de Carlos Brickmann

CARLOS BRICKMANN

Dilma Rousseff não perde a oportunidade de perder oportunidades. Com o tesoureiro de seu partido, o PT, na linha de tiro da Operação Lava-Jato, acusado de embolsar US$ 200 milhões em propinas, Dilma teve a chance de mudar o foco do mau noticiário com a escolha do novo presidente da Petrobras. Até conseguiu mudar um pouco o foco: agora, dividindo as más notícias a respeito do financiamento de campanhas de seu partido, sofre com as críticas gerais a seu escolhido.

De certa forma, Bendini é o nome ideal para a Petrobras. Já chega sob suspeitas e punições diversas, o que poupa trabalho dos investigadores. Há seis meses foi multado pela Receita Federal por não comprovar a origem de R$ 280 mil que surgiram em seu patrimônio. Nunca explicou por que, embora sendo presidente de banco, preferiu comprar um apartamento de R$ 150 mil em dinheiro vivo. Foi acusado por seu antigo motorista, Sebastião Ferreira, de receber de alguns empresários e entregar a outros sacolas de dinheiro. E a pimenta malagueta em cima do bolo: o Banco do Brasil emprestou R$ 2,7 milhões a juros subsidiados a Val Marchiori, garota do programa Mulheres Ricas, vindos do BNDES – destinada, pois, ao desenvolvimento econômico e social. Nada mais justo: Val, amiga de Bendini, a ponto de, por coincidência, ter-se hospedado no mesmo hotel que ele, na mesma época, em Buenos Aires e no Rio, já aparece em colunas sociais; e sua economia se desenvolveu muito bem nos últimos tempos. Bendini também é disciplinado, fiel cumpridor de ordens.

Alguns o chamariam de obediente. Ousados!

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Ame-a ou deixe-a
A nomeação de Bendini revela um fato importante: o Governo não conseguiu atrair para o comando da principal empresa do país, de atuação e reconhecimento internacionais, nenhum nome de primeira linha. Nem o PMDB quis indicar alguém para o posto. E o mandato de Dilma está apenas se iniciando, com a perspectiva de mais quatro anos de caneta cheia para nomeações e bondades.

Anos dourados
Voltou o tempo em que o café mandava no Brasil. A Petrobras foi cafetinada.

A graça da Graça
Ao deixar a Presidência da Petrobras, Graça Foster disse que seus planos imediatos incluíam desfilar, como de hábito, por sua escola de samba, a União da Ilha. Graça Foster é conhecidíssima na União da Ilha, por sua participação tradicional e pela dedicação aos ensaios da Escola.

Pois é: o tema da Escola de Samba União da Ilha do Governador neste Carnaval é Beleza Pura. Alguns versos do samba-enredo: “Sou a mais linda encantando a cidade”; “Floresceu/ Desabrochou uma explosão de cor/ Bem-vinda, oh mãe natureza!/ Transformando, esbanjando formosura/ É beleza pura”; “Cada um é tão bonito quanto possa imaginar”; “Diga, espelho meu / no suingue dessas feras tem mais bela do que eu?”

Articulação arroganta
Juntaram-se Mercadante, Pepe Vargas e Miguel Rossetto. Os Três Porquinhos da campanha de 2010 foram sucedidos por The Three Stooges. Manteve-se Dilma como comandanta. E conseguiram transformar Eduardo Cunha em líder oposicionista – justo ele, que tem tanta vocação para a oposição quanto o PSDB. Cunha cria dificuldades, mas negocia. Só que negociar já vai ser mais custoso.

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Tá faltando um
É uma injustiça que não esteja no trio, ao lado de Moe, Larry e Curly, o presidente nacional do PT, Rui Falcão. Com ele, o trio viraria, digamos, um Quarteto – talvez o Quarteto Fantástico, ou alguma outra denominação que se refira a grupos de quatro. Pena que Dilma não goste de Falcão, por considerá-lo – ela, imagine! – muito arrogante. Mas Rui Falcão, para defender o tesoureiro do PT, João Vaccari, acusado de receber propinas, disse que ele “nunca pôs dinheiro no bolso”.

Claro: fala-se em US$ 200 milhões, o que não cabe em nenhum bolso. Mas vale lembrar uma história do então governador de São Paulo, Adhemar de Barros, vítima de acusações semelhantes às que hoje atingem o PT. Num comício, Adhemar proclamou: “Neste bolso nunca entrou dinheiro roubado”. Algum debochado, certamente um coxinha neo-reacionário liberal-conservador tucano meio fascistoide, gritou lá de trás: “De terno novo, hem, dr. Adhemar!”

As águas rolando
Preocupado com a queda do nível das represas e a possível falta dágua? Talvez o caro leitor se preocupe à toa: na quarta, 4, haveria a primeira reunião no ano da CPI da Água, na Câmara Municipal de São Paulo. Mas só quatro vereadores apareceram e não havia número mínimo para funcionar. A primeira reunião ficou para a próxima quarta, 11. A falta dágua não deve ser tão preocupante.

Abaixo os dentes!
Por falar em falta dágua, há escolas municipais em São Paulo que proibiram os alunos de escovar os dentes após a merenda. Assim poupam água. E alegram o Prefeito Suvinil Fernando Haddad, do PT, chegado a uma pintura: para cobrir as cáries, que tal uma tinta branca nos dentes não escovados?

Haddad soube que os dentes são recobertos naturalmente por uma camada de esmalte. Talvez resolva reforçá-la, com o ótimo Esmalte Premium Seca-Rápido (acetinado) Suvinil.

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