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Viagem a Marte será obra de toda a humanidade, diz ex-astronauta

Juan Antonio Sanz Astana, 14 dez (EFE).- Uma missão tripulada a Marte só será possível com esforço internacional conjunto e com a promessa de um desenvolvimento pacífico do espaço, afirmou o ex-astronauta e presidente da Agência Nacional Espacial do Cazaquistão, Talgat Musabayev. ‘Uma tentativa individual por partes das grandes potências espaciais, como a Rússia, Estados […]

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h51 - Publicado em 14 dez 2011, 14h07
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    Astana, 14 dez (EFE).- Uma missão tripulada a Marte só será possível com esforço internacional conjunto e com a promessa de um desenvolvimento pacífico do espaço, afirmou o ex-astronauta e presidente da Agência Nacional Espacial do Cazaquistão, Talgat Musabayev.

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    ‘Uma tentativa individual por partes das grandes potências espaciais, como a Rússia, Estados Unidos, União Européia e a China, seria muito difícil de ser bem sucedida pelo custo elevado. A viagem a Marte deve ser obra de toda a humanidade’, explica Musabayev em entrevista à Agência Efe, na capital cazaque.

    Para isso, é imprescindível conceber o desenvolvimento espacial ‘como uma empresa pacífica, que deixe para trás toda sua leviandade militar’, incluindo os escudos antimísseis que usam o espaço como base, acrescenta o ex-astronauta.

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    Musabayev é o criador de uma estratégia para retirar seu país do ostracismo espacial, no marco da aprovação de uma lei nesta quarta-feira que irá facilitar o desenvolvimento da tecnologia no cosmos e em comemoração aos seus 20 anos de independência.

    O primeiro passo, no entanto, foi dado pelo presidente cazaque, Nursultan Nazarbayev, ao criar em 2006 a Agência Nacional Espacial do Cazaquistão, presidida por Musabayev.

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    Condecorado herói da Federação Russa e do Cazaquistão, com a Legião de Honra francesa e atualmente recebendo a Ordem do Primeiro Presidente do Cazaquistão, Talgat Musabayev possui o melhor dos expedientes no espaço com suas missões à estação Mir em 1994 e 1998.

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    Em abril de 2001, foi comandante da nave Soyuz TM-32 que levou à Estação Espacial Internacional (ISS) o primeiro turista do espaço, o milionário americano Dennis Tito.

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    Agora, o ex-astronauta substitui a emoção dos passeios pelo infinito pela não menos complicada missão de pôr seu país na primeira linha da nova ‘corrida espacial’.

    De acordo com Musabayev, o Cazaquistão não só conta com quadro de especialistas nesse campo, mas neste país reside a pedra angular das missões espaciais do século passado e, provavelmente, das próximas décadas: Baikonur.

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    Esta base está em território cazaque e, embora esteja locada à Rússia, representa uma peça chave da estratégia do Cazaquistão para desenvolver seu próprio programa espacial, principalmente depois que em 2007 seu Governo assumiu a responsabilidade pelo funcionamento e concessão das imprescindíveis permissões para as missões lançadas ali.

    Criada em 1955, Baikonur foi concebida para ser um centro militar para o lançamento de mísseis balísticos, e depois passou a ser a maior base de uso civil do planeta, com uma superfície de 7,6 mil quilômetros quadrados, explicou Musabayev.

    ‘Desde o início foi concebido como um lugar onde imperava segredo absoluto, o que pode ser visto aos muitos nomes que recebeu até 1995, quando passou a se chamar Baikonur’, acrescenta.

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    Em 1957 já havia sido realizado o primeiro teste em suas instalações de mísseis balísticos e neste mesmo ano foi lançado o primeiro satélite ao espaço.

    De Baikonur, partiu o primeiro voo espacial orbital, com o lendário Yuri Gagarin em 1961, lembra Musabayev.

    ‘Para ser astronauta, além de uma rigorosa preparação que dura toda a vida, é necessário querer, desejar muito de todo o coração e eu quis desde 1961, quando vi aos dez anos a expedição ao espaço de Gagarin’, disse.

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    Além de Baikonur e da legislação em andamento, o Cazaquistão conta com novo centro tecnológico em Astana, dedicado à prova de aparelhos e instrumental espacial, que deve ficar pronto no final de 2013, com o lançamento de vários satélites de última geração.

    Neste centro participam diretamente empresas francesas e companhias de outros países europeus.

    O objetivo é ‘o uso pacífico e compartilhado do espaço’, que ‘irá servir de base para aventuras de maiores, como a de Marte’, conclui Musabayev. EFE

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