Sobe para 28 o número de mortos deixados por ciclone no Sul do país
Seis novos casos foram confirmado pela Defesa Civil; Eduardo Leite afirma que foi 'maior número de mortes em um evento climático no RS'
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul confirmou mais seis mortes em decorrência do ciclone extratropical que se formou no estado na noite de segunda 4. Ainda na tarde de terça 5, o governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), havia confirmado a morte de mais 15 mortes. No total, 28 óbitos foram registrados na região Sul do país ao longo de três dias de tempestade, sendo 27 deles no Rio Grande do Sul e uma em Santa Catarina.
Os 15 casos confirmados pelo governador ocorreram no município de Muçum e foram todos encontrados em uma única casa. Segundo ele, esse é o maior número de mortes já registradas em um único evento climático no estado. Mais cedo, em uma publicação nas redes sociais oficiais do governo estadual, Leite lamentou a morte de uma senhora que ocorreu durante uma tentativa de resgate, em decorrência do rompimento do cabo de salvação, no Vale do Taquari. Já as seis mortes oficializadas pela Defesa Civil ocorreram em Roca Sales, na Região dos Vales.
Na postagem, o governador ainda afirma que todos os esforços agora estão concentrados no resgate, que ele deve se dirigir às cidade atingidas assim que possível e que a região recebera a visita de Ministros na próxima quarta-feira, 6.
Desde o último sábado, 2, tempestades atingem a região Sul do país em decorrência de uma frente fria que avançou do Uruguai. O Rio Grande do Sul foi o estado mais atingido com fortes rajadas de ventos e aumento no nível dos rios. Segundo a Defesa Civil estadual, estima-se que 25.734 pessoas foram atingidas e que 215 estejam desalojadas.
🌧️ #Destaque: Chuva no Rio Grande do Sul❗
☔ Alguns municípios da metade norte do estado registraram grande volume de chuva, em milímetros (mm), nos primeiros quatro dias de setembro.
— INMET (@inmet_) September 4, 2023
Em Santa Catarina, a chuva também foi forte e o vento que ultrapassou os 110 quilômetros por hora causou uma morte e deixou três feridos.
Nesta terça-feira, 5, a chuva avança para o Sudeste e o ciclone se afasta para o oceano, mas abre espaço para um ar frio de origem polar que deve derrubar as temperaturas no Sul. A previsão, entretanto, é que as pancadas de chuva voltem a ocorrer a partir desta quarta-feira no estado.
Ciclones extratropicais
Ciclones extratropicais são áreas de baixa pressão que fazem com que o vento gire em sentido horário, arrastando a umidade para cima e favorecendo a formação de nuvens. Quanto mais baixa a pressão, maiores são as possibilidades de chuvas volumosas, raios e rajadas de ventos.
Essa é a segunda vez em dois meses que um ciclone causa estragos na região Sul. A última vez foi em meados de julho, quando o fenômeno provocou ventanias que ultrapassaram os 90 quilômetros por hora, chuvas superiores a 80 milímetros e temperaturas na casa dos 2ºC.