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Reservatório no subsolo tem água isolada há 1,5 bi de anos

Pesquisadores encontraram elementos químicos essenciais à vida em meio à substância, indicando a possibilidade da água conter microorganismos

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h20 - Publicado em 16 Maio 2013, 00h40

Cientistas anunciaram nesta quarta-feira a descoberta de elementos químicos essenciais à vida em um depósito de água com pelo menos 1,5 bilhão de anos. A água, que até agora estava isolada em bolsões subterrâneos, vaza de dutos de perfuração de uma mina a 2,4 quilômetros da superfície, no subsolo de Ontário, no Canadá. “Esta água pode ser das mais antigas do planeta e, inclusive, conter vida”, informou a equipe de estudiosos. A pesquisa foi publicada na revista Nature.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Deep fracture fluids isolated in the crust since the Precambrian era

Onde foi divulgada: periódico Nature

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Quem fez: G. Holland, B. Sherwood Lollar, L. Li, G. Lacrampe-Couloume, G. F. Slater e C. J. Ballentine

Instituição: Universidade de Lancaster, na Inglaterra

Dados de amostragem: Análises químicas da água liberada em uma mina nas profundezas de Ontário, no Canadá

Resultado: Os pesquisadores descobriram que a água tem pelo menos 1,5 bilhão de anos e possui os elementos químicos essenciais à vida

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Cientistas britânicos e canadenses analisaram a água e descobriram que era rica em gases dissolvidos, como hidrogênio e metano, capazes de sustentar a vida microscópica não exposta ao sol por bilhões de anos – como no leito do oceano.

Ao analisar sua composição química em laboratório, os estudiosos estimaram que ela tivesse pelo menos 1,5 bilhão de anos, provavelmente mais. As rochas em sua volta datam de cerca de 2,7 bilhões de anos atrás, mas até agora não se havia pensado que a água pudesse ter a mesma idade. “Nossa descoberta é de grande interesse para os cientistas que querem compreender como os micróbios evoluem em isolamento e é central para toda a questão da origem da vida, da sustentabilidade e da vida em ambientes extremos e em outros planetas”, disse Chris Ballentine, pesquisador da Universidade de Manchester e um dos autores do estudo.

Os pesquisadores também afirmaram que a similaridade entre as rochas que aprisionaram o fluido e aquelas encontradas em Marte traz a esperança de que as substâncias também possam estar nas profundezas do planeta vermelho. “As descobertas podem nos forçar a repensar quais partes do nosso planeta são capazes de sustentar a vida”, acrescentaram.

Segundo Greg Holland, pesquisador da Universidade de Lancaster e autor do estudo, já foram iniciados os trabalhos para descobrir algum sinal de microorganismos na água. “Podemos ter certeza de que identificamos um caminho no qual os planetas podem criar e preservar um ambiente favorável à vida microbiana por bilhões de anos. E isto independente de quão inóspita a superfície possa ser, abrindo uma possibilidade de ambientes similares na superfície de Marte”, concluiu.

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(Com Agência France-Presse)

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