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Quatro candidatos a Planeta Nove são investigados por astrônomos

Objetos foram encontrados com a ajuda de 60.000 voluntários de todo o globo que analisaram milhares de imagens do telescópio SkyMapper, na Austrália

Por Da redação
Atualizado em 7 abr 2017, 08h27 - Publicado em 6 abr 2017, 18h22

Pesquisadores da Universidade Nacional da Austrália anunciaram na última semana a descoberta de quatro misteriosos objetos em regiões distantes do nosso sistema solar – um deles pode ser o “Planeta Nove, um novo planeta que estaria orbitando nosso Sol. Os corpos celestes foram capturados pelo telescópio SkyMapper, no Observatório Siding Spring, na Austrália, em milhares de imagens analisadas por 60.000 voluntários de diversas partes do globo.

“Conseguimos destacar um planeta do tamanho de Netuno que está 90% no hemisfério sul do céu, a uma distância equivalente a cerca de 350 vezes o percurso entre a Terra e o Sol”, afirmou em comunicado o líder do projeto, Brad Tucker, da Escola de Pesquisa em Astronomia e Astrofísica da Universidade Nacional da Austrália.

Planeta Nove

O que os astrônomos chamam de “Planeta Nove” seria um um corpo celeste com massa de cerca de dez vezes a da Terra, localizado em um ponto vinte vezes mais longe do Sol que Netuno, que explicaria comportamentos aparentemente estranhos do sistema solar. Ele foi proposto em janeiro de 2016 pelos astrônomos Konstantin Batygin e Mike Brown (conhecido como o cientista que “matou” Plutão), do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, como a hipótese mais plausível para esclarecer a razão para o movimento de alguns corpos celestes do Cinturão de Kuiper, uma região nos confins do sistema solar. Segundo os cientistas, apenas a presença de um grande e longínquo astro poderia ser a razão para a trajetória desses corpos celestes. Ele só não teria sido encontrado, de acordo com os cientistas, por estar localizado entre 32 bilhões e 160 bilhões de quilômetros de distância da Terra.

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Para verificar a possível existência do “Planeta Nove”, os astrônomos australianos decidiram analisar milhares de imagens captadas durante uma década pelo SkyMapper. Contudo, devido à imensa quantidade de fotografias, os pesquisadores resolveram compartilhá-las com os voluntários, que conseguiram fazer em três dias o trabalho que a equipe de astrônomos levaria anos para completar.

“Com a ajuda de milhares de voluntários dedicados às imagens tiradas pelo SkyMapper, nós finalizamos quatro anos de análise científica em três dias. Um desses voluntários, Toby Roberts, fez 12.000 classificações”, disse Tucker. “Detectamos os planetas menores (designação usada para catalogar planetas-anões e corpos menores do sistema solar) Chirion e Comacina, o que demonstra que a abordagem usada poderia encontrar o ‘Planeta Nove’, se ele existir.”

De acordo com os cientistas, é muito provável que um dos quatro objetos encontrados seja um asteroide, mas os outros três são bastante promissores. Para confirmar as informações, os pesquisadores farão uma investigação mais ampla, utilizando dados de telescópios espalhados por diversos países.

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Planetas em nosso quintal

Além da pesquisa liderada pela Universidade Nacional da Austrália, cientistas da Nasa estão lançando também seu próprio projeto em busca do Planeta Nove, utilizando imagens da missão Wide-field Infrared Survey Explorer (WISE, na sigla em inglês). Batizado de Backyard Worlds – “planetas em nosso quintal”, na tradução literal –, ele está aberto para participação do público desde fevereiro, também no Zooniverse.

Assista ao vídeo de divulgação da Nasa (em inglês):

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