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Pantanal sofre com seca, mostra estudo sobre a região

De acordo com dados do MapBiomas, áreas úmidas passaram de 7,2 milhões de hectares, em 1988, para 5,1 milhões de hectares, em 2018, ano da última cheia

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 nov 2022, 00h01

Bioma que ocupa parte da região centro-este do Brasil, nos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, próximo às fronteiras com a Bolívia e o Paraguai, o Pantanal se caracteriza por uma alternância de invernos mais frios e secos, e verões quentes e chuvosos. Análise da rede de controle ambiental MapBiomas mostra que a seca tem prevalecido na região. Imagens de satélite que cobrem de 1985 a 2021 revelaram que as áreas úmidas passaram de 7,2 milhões de hectares, em 1988, para 5,1 milhões de hectares, em 2018, ano da última cheia.

Os pesquisadores avaliaram a variação entre os anos com picos de cheia e de seca. Somando campos alagados e superfícies cobertas por água, a redução foi de 29% nos picos de cheia (de 7,2 milhões de hectares, em 1988, para 5,1 milhões de hectares, em 2018) e de 66% nos picos de seca (de 4,7 milhões de hectares, em 1986, para 1,6 milhões de hectares, em 2021).

Nos anos mais recentes da série, nota-se que as cheias no Pantanal estão cada vez menores, tanto em termos de área quanto em duração. Além disso, há uma tendência de diminuição da área alagada. Nos últimos 37 anos, a superfície de água passou de 2,7 milhões de hectares, em 1985, para 500 mil hectares, em 2021. Em 1985, 4 milhões de hectares eram de campos alagados; em 2021, era 1,1 milhão de hectares.

São várias razões que levaram a essa situação. Entre as principais, estão a conversão de áreas naturais em pastagens, ocupação desordenada do planalto na região do entorno e o avanço de barragens como usinas hidroelétricas. Além disso, a alteração do regime de chuvas gerado pelo desmatamento da Amazônia e o comprometimento de sua capacidade de bombear umidade para a atmosfera também impedem um fluxo regular das águas para a região pantaneira.

Gustavo Figueroa, biólogo e diretor de comunicação do Instituto SOS Pantanal, que monitora a região e contribuiu para o levantamento, diz que “as principais ameaças ao Pantanal não estão dentro, estão fora dele”. E acrescenta que para atenuar essa situação é preciso proteger o que sobrou de floresta no entorno, restaurar as nascentes de rios e evitar a construção de novas barragens. Com relação aos incêndios, a ideia é capacitar população local para trabalhar no combate ao fogo em brigadas profissionais.

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