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“Negociações estão na prorrogação”, diz Figueiredo Machado

Divergências permanecem, mas texto fica pronto na madrugada, garante embaixador

Por Luís Bulcão e Marco Túlio Pires, do Rio de Janeiro
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h33 - Publicado em 18 jun 2012, 19h13
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  • O embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, negociador-chefe da delegação brasileira na conferência da ONU para o Desenvolvimento Sustentável, afirmou que não concederá tempo extra para as negociações que definirão o texto final da Rio+20, que devem ser concluídas na madrugada desta terça-feira. Ao fazer uma analogia com uma partida de futebol, Machado afirmou que o tempo regulamentar para se chegar a um consenso terminou na sexta-feira, quando se encerrou o Comitê Preparatório da ONU. “Estamos na prorrogação e ela nunca tem um tempo mais longo do que o jogo propriamente dito. Há um limite. Nós temos que fechar o texto antes da chegada de chefes de estado e é para isso que estamos trabalhando”, disse.

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    Apesar do otimismo demonstrado, Machado não deu detalhes sobre os pontos até agora acordados. Segundo ele, o texto está avançando e os obstáculos estão sendo vencidos. No entanto, foi evasivo ao responder perguntas sobre temas chave para o documento final, como os meios de implementação, que trata sobre as formas de financiamento dos acordos alcançados na conferência, e a questão da preservação dos oceanos.

    Entraves – Sobre a reforma do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o embaixador limitou-se a repetir que o texto sob análise continua sendo o apresentado pelo Brasil no sábado. A sugestão não trata da criação de uma nova agência, mas fortalece o programa e permite a sua atualização no futuro – o que, na prática, abre espaço para uma futura elevação do PNUMA à condição de agência especializada.

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    O embaixador também não foi conclusivo ao tratar a questão dos meios de implementação. A proposta do G-77+China para a criação de um fundo de 30 bilhões de dólares anuais para a promoção do desenvolvimento sustentável foi descartada. No entanto, Machado não explicou qual proposta será adotada no texto.

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    “O que se negocia é um conjunto de meios. Fundos de ordem privada, de instituições financeiras internacionais de múltiplas origens. Essa cesta de maneiras de financiamento é que está sendo trabalhada no documento”, disse.

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    ONU – Por meio de uma mensagem enviada à imprensa, o secretário-geral da Rio+20, Sha Zukang, elogiou a liderança do Brasil e afirmou que o texto apresentado pelo país foi bem recebido pelos grupos negociadores. “Pequenos ajustes precisam ser feitos. Mas estou razoavelmente otimista. Vamos concluir as negociações como agendado. Apelo a todas as delegações para serem flexíveis e possam entregar com agilidade o documento que definirá o futuro que queremos”.

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