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Nasa quer construir sondas autônomas com inteligência artificial

O objetivo é que as espaçonaves possam operar sem instruções da Terra e aprendam conforme vão descobrindo novas informações sobre o objeto de estudo

Por Da redação
26 jun 2017, 12h04

Adicionar inteligência artificial a sondas para enviá-las ao espaço parece uma ideia excelente para a Nasa – e, segundo a agência espacial americana, seus pesquisadores já estão focados em descobrir como tornar isso realidade. Em um artigo publicado na última semana na revista Science Robotics, os cientistas Steve Chien e Kiri Wagstaff, ambos do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, nos Estados Unidos, discutem os benefícios que a tecnologia poderia trazer para as explorações espaciais.

Segundo os autores, se a aplicação da inteligência artificial fosse bem-sucedida, as máquinas poderiam operar sem precisar esperar as instruções de humanos aqui na Terra. Isso, além de economizar tempo, é importante quando enviamos sondas para as partes mais desconhecidas e misteriosas do sistema solar, onde o sinal pode não funcionar tão bem quanto o esperado. Além disso, os cientistas também esperam que as espaçonaves possam aprender conforme vão fazendo novas descobertas, adaptando-se aos diferentes cenários e aprimorando seus conhecimentos além dos mais tecnológicos telescópios disponíveis hoje em dia.

“Ao tomar suas próprias decisões de exploração, espaçonaves robóticas podem conduzir as investigações científicas tradicionais de maneira mais eficiente e até alcançar observações que seriam impossíveis de outra forma”, escrevem os autores. Um exemplo que eles dão é que a inteligência artificial pode diferenciar uma tempestade das condições climáticas normais de um planeta distante – o que faria as medições muito mais úteis para os cientistas aqui na Terra.

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Assim como algumas aplicações da inteligência artificial já conseguem, por exemplo, reconhecer rostos em uma foto, uma sonda viajante com essa tecnologia poderia distinguir gelo de neve, ou água corrente de água parada, possibilitando importantes descobertas em planetas distantes e, inclusive, ajudando na busca por uma possível vida fora da Terra.

Os autores do artigo sugerem que as sondas com inteligência artificial poderiam alcançar distâncias superiores a 4,24 anos-luz do nosso planeta (cada ano-luz equivale a 9,46 trilhões de quilômetros), além do sistema estrelar Alpha Centauri. A essa distância, dizem os cientistas, a comunicação só seria recebida pela geração seguinte à dos pesquisadores que lançaram a nave. Por isso, fornecer à máquina uma “mente própria”, ou os instrumentos necessários para tomar decisões rápidas, facilitaria o processo.

O robô Mars Curiosity, que explora os terrenos de Marte, é um exemplo de inteligência artificial que já está sendo aplicada na investigação espacial, ainda que em proporções menores do que a nova proposta dos cientistas. A sonda possui um software de bordo que ajuda a escolher alvos promissores para serem analisados pela ChemCam, um dispositivo que estuda rochas e outros elementos geológicos do planeta vermelho.

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