Mais de 120 000 antílopes saiga morreram nas últimas semanas no Cazaquistão
O declínio da população é um dos mais rápidos colapsos populacionais de grandes mamíferos. E não se sabe o motivo.
Metade da população do antílope saiga, o que representa mais de 120 000 animais, morreu nas últimas semanas, no Cazaquistão, devido a uma doença ainda desconhecida. Para autoridades que trabalham no processo de conservação desse animal, essa é uma perda que abrange mais de um terço da população global da espécie, severamente ameaçada de extinção.
Os cientistas identificaram uma série de fatores biológicos e ambientais que provavelmente contribuíram para as mortes. Mas a causa exata ainda não foi esclarecida. Duas bactérias patogênicas, Pasteurella e Clostridia, foram encontradas nas carcaças. Só que, para os pesquisadores, elas não são consideradas letais.
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“Essa perda é um grande golpe para a conservação no Cazaquistão e no mundo”, disse Erlan Nysynbaev, vice-ministro da Agricultura do Cazaquistão, em um comunicado divulgado pela Convenção sobre Conservação de Espécies Migratórias de Animais Silvestres do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA), órgão da ONU.
Quando atingido pela doença enigmática, a mortalidade do rebanho chega a 100%. Mais de 90% da população do antílope saiga vive no Cazaquistão, onde funcionários têm trabalhado para impor medidas contra a caça ilegal da espécie.
(Da redação)