Um novo artigo, publicado no último dia 8 no periódico científico Proceedings of the Royal Society B, relata a descoberta de um fóssil que teria pertencido a um primata há 13 milhões de anos. O achado ocorreu na porção norte da Índia.
O fóssil é mínimo: apenas um dente molar do animal foi encontrado. Contudo, a partir de análises do dente, os pesquisadores foram capazes de concluir que se tratava de um gênero e de uma espécie até então desconhecidos pela ciência. O nome escolhido para o animal foi Kapi ramnagarensis.
A espécie seria o mais antigo ancestral do gibão, componente da superfamília Hominoidea junto com os hominídeos (grupo que inclui chimpanzés, gorilas, orangotangos e, é claro, os seres humanos). O fóssil foi descoberto em 2015, mas foi só recentemente que os estudos e análises substanciais foram concluídos.
Até agora, acreditava-se que os vestígios mais antigos de primatas pertenciam ao continente africano. Assim, a revelação de que um ancestral dos gibões possa ter vivido há mais de 10 milhões de anos na Ásia representa uma novidade para os estudiosos da área.