PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Estudo mostra que cérebro humano não entende todas as cores da mesma forma

Descoberta sugere que não existe uma região especifica da massa cefálica que registre o entendimento das cores

Por Sabrina Brito Atualizado em 4 set 2019, 16h53 - Publicado em 4 set 2019, 16h52

Em um caso raro da medicina, um paciente sofreu um derrame e, durante a recuperação, experimentou um efeito colateral curioso: quando via algum objeto em cores cromáticas, como vermelho, azul, verde ou amarelo, ele não era mais capaz de nomear o tom que enxergava.

O evento inesperado foi utilizado como base para um estudo publicado no terça-feira 3, na revista cientifica Cell Reports, que buscou investigar mais a fundo a relação entre linguagem e a visão humana, sobretudo no que trata do entendimento das cores. A principal dúvida dos pesquisadores era se as palavras mudam a forma como percebemos os objetos ou elas apenas nomeiam o que nós percebemos.

Depois do derrame, o paciente que enxergava cores normalmente adquiriu uma lesão na parte esquerda do cérebro. Aproveitando a oportunidade singular proporcionada pela situação, os cientistas testaram uma hipótese antiga, segundo a qual os nomes das cores estariam guardados no hemisfério esquerdo do cérebro e, portanto, a forma como enxergamos o gradiente de cores depende dele.

O enfermo só conseguia dividir as cores em categorias como escuras e claras, ainda que não soubesse nomear todas elas. Assim, o estudo concluiu que, diferentemente do que se pensava, a categorização de cores está distribuída pelos dois lados do cérebro. Se não fosse assim, o paciente não teria conseguido distinguir matiz algum.

Sua capacidade de denominar os tons conhecidos como acromáticos, como branco, preto e cinza, não foi afetada, o que surpreendeu os pesquisadores. A descoberta aponta que o nosso sistema linguístico processa essas cores de forma diferente das cromáticas, como vermelho, azul e verde.

A pesquisa levanta a questão: se não da linguagem (isto é, do hemisfério esquerdo), então de onde vêm as categorias segundo as quais os nossos cérebros dividem os tons que enxergamos? Os cientistas envolvidos no estudo pretendem continuar a pesquisa.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.