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Descoberto ‘mundo perdido’ da vida submarina na Antártida

Por Guy Clavel
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h49 - Publicado em 4 jan 2012, 15h18

Uma estrela do mar de sete pontas, um misterioso polvo pálido e um novo tipo de caranguejo yeti fazem parte do vital ecossistema descoberto no fundo marinho, perto da Antártida, informaram cientistas britânicos.

As espécies, detalhadas esta semana na revista on-line PloS Biology, foram vistas pela primeira vez em 2010, quando os pesquisadores fizeram descer um veículo robótico para explorar a cordilheira submarina Dorsal da Scotia Oriental, nas profundezas do Oceano Atlântico Sul, entre a Antártida e o extremo da América do Sul.

Nesta zona escura e remota são encontrados os respiradouros hidrotérmicos, mananciais das profundezas que jorram líquido a temperaturas de até 382ºC e nos quais foram descobertas formas incomuns de vida em outras partes do mundo.

“Os respiradouros hidrotermais abrigam animais que não são encontrados em nenhuma outra parte do planeta, que obtêm sua energia não do sol, mas de substâncias químicas, com o sulfeto de hidrogênio”, disse o cientista principal, Alex Rogers, da Universidade de Oxford.

“O primeiro estudo destes respiradouros particulares no Oceano Atlântico Sul, perto da Antártida, revelou um ‘mundo perdido’ quente e escuro, onde proliferam comunidades inteiras de organismos marinhos desconhecidos”, acrescentou.

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Os respiradouros ou fontes hidrotermais foram descobertos em 1977 nas Ilhas Galápagos.

As últimas descobertas de vida submarina incluem vários tipos novos de anêmonas e um polvo sem identificação, bem como um novo tipo de estrela do mar, avistadas alimentando-se da fauna arredor dos respiradouros. Os peixes só foram avistados na periferia das áreas quentes.

Os cientistas também ficaram intrigados com o que não encontraram, como minhocas gigantes, mexilhões, caranguejos, vôngoles e camarões vistos antes em outros respiradouros de águas profundas nos oceanos Pacífico, Atlântico e Índico.

A diferença de espécies sugere que as condições geográficas da região tornam únicas certas formas de vida, que não puderam migrar para outras partes do fundo marinho do planeta.

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“Estes resultados são uma prova a mais da rica biodiversidade que se encontra em todos os oceanos do mundo”, disse Rogers.

“Onde quer que olhemos, seja nos arrecifes de coral das águas tropicais iluminadas pelo sol ou nos respiradouros da Antártida mergulhados em uma escuridão eterna, encontramos ecossistemas únicos que temos que entender e proteger”, acrescentou.

A pesquisa, publicada na edição on-line da revista PLoS Biology, foi feita por cientistas da Universidade de Oxford, da Universidade de Southampton e do British Antarctic Survey.

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