Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Cientistas descobrem mecanismo autolimpante da atmosfera

Fenômeno já era conhecido, mas nova descoberta pode melhorar compreensão do impacto da poluição no ar

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 abr 2023, 12h51 - Publicado em 10 abr 2023, 17h32

Diariamente, vários poluentes são emitidos na atmosfera, muitos deles tóxicos para humanos e outros seres vivos. Se não são removidos, eles se acumulam indefinidamente, contribuindo ainda mais para o efeito estufa e para a má qualidade do ar. Isso não acontece, contudo, devido à presença de um super-herói invisível chamado de hidróxido.

Esse radical é muito instável, o que significa que ele reage facilmente com moléculas próximas. Em alta quantidade, poderia fazer mal para os seres humanos, mas, nas proporções que existe na atmosfera, ele apenas reage com os poluentes, impedindo que gases tóxicos, como o dióxido de enxofre, se formem ou permaneçam no ar.

Até agora acreditava-se que o hidróxido nascia a partir da ação da luz do sol em moléculas do ar, mas um novo estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences sugere que, na verdade, esse radical surge quase espontaneamente, sem a necessidade de energia solar. Isso acontece porque gotículas de água recém-formadas tem um campo elétrico na superfície que estimula a formação desses radicais. Como essas pequenas gotas de água estão presentes em toda parte, esse radical está sempre se formando – inclusive durante a noite, quando não há luz,

Durante os próximos meses, outros experimentos serão realizados para confirmar essa descoberta. Os próximos passos, segundo um dos autores do estudo, Sergey Nizkorodov, da Universidade da Califórnia, consistirão em analisar a atmosfera de diversas regiões do planeta para compreender melhor esse mecanismo.

O hidróxido é um elemento muito importante na química atmosférica e a descoberta desse novo mecanismo de formação sugere que ele pode ser bem mais presente do que acreditava-se anteriormente. Embora essa quantidade não seja suficiente para neutralizar as consequências da atividade humana, o novo achado melhora a compreensão da dinâmica atmosférica e ajuda na construção de modelos mais precisos para analisar o impacto da poluição no ar.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.