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Cérebro de corvos funciona da mesma maneira que o dos humanos para reconhecer rostos e perigo

Os cérebros dos corvos modula respostas comportamentais de acordo com as informações visuais. Cientistas afirmam que pesquisa vai ajudar a compreender comportamento animal

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h27 - Publicado em 11 set 2012, 10h34
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  • Não era só isso e nada mais. Depois de demonstrarem que os corvos conseguem reconhecer rostos humanos, cientistas americanos descobriram que o cérebro dessas aves processa informação de uma maneira bem similar ao dos humanos e outros mamíferos.

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    Segundo um estudo publicado nesta segunda-feira na versão on-line da PNAS, da Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos, os cérebros dos corvos têm um sistema neural complexo, que modula respostas comportamentais de acordo com as informações visuais.

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    Em situações que pareciam oferecer perigo, de acordo com o rosto reconhecido, os cérebros dos corvos ativavam a amígdala cerebelosa, o tálamo e o tronco cerebral, regiões que em humanos são associadas com emoções e capacidade de aprender com o medo.

    CONHEÇA A PESQUISA

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    Título original: Brain imaging reveals neuronal circuitry underlying the crow’s perception of human faces

    Onde foi divulgada: revista PNAS

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    Quem fez: John M. Marzluffa, Robert Miyaokab, Satoshi Minoshimab e Donna J. Cross

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    Instituição: Universidade de Washington

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    Dados de amostragem: 12 corvos adultos

    Resultado: Processos cerebrais que fazem com que os corvos reconheçam rostos humanos e percebam perigo são semalhantes aos dos humanos

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    Quando os cientistas analisaram o cérebro das aves em situações em que elas foram colocadas frente a um rosto ‘amigo’ (por exemplo, o de uma pessoa que costumava alimentar pássaros no habitat dos corvos), eles perceberam que o cérebro ativava regiões do cérebro ligadas à capacidade de motivação (ou ação).

    Segundo os cientistas, a pesquisa vai ajudar a melhorar a compreensão da base neural do comportamento animal.

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    Em 2008, a mesma equipe de cientistas da Universidade de Washington já havia demonstrado que os corvos tinham a capacidade de reconhecer rostos humanos.

    Intrigados pelo comportamento dos corvos-americanos em seu campus em Seattle, investigaram se as aves lembrariam de um rosto associado a uma situação assustadora.

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    Alguns deles então usaram uma máscara de borracha que representava um homem das cavernas e aprisionou, vendou e mais tarde libertou sete corvos.

    Nos dias seguintes, os cientistas se dividiram em dois grupos e passaram a andar pelas áreas abertas do campus: um usou a máscara “perigosa” do homem das cavernas; o outro, uma máscara ‘neutra’, que tinha o rosto do ex-vice-presidente americano Dick Cheney.

    Eles observaram que a máscara do homem das cavernas levou as aves a darem uma resposta coletiva à ameaça. Elas gralharam e gritaram, agitando furiosamente as asas e as caudas para alertar sobre o perigo. A máscara de Cheney, ao contrário, não motivou respostas.

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    Os cientistas levaram a experiência a outros quatro locais fora da universidade, desta vez usando máscaras diferentes feitas em látex por um fabricante especializado. Os rostos tinham aparência comum, de homens e mulheres, brancos ou asiáticos. Quarenta e uma aves foram capturadas e vendadas.

    À medida que o tempo passou, o número de aves que emitiu alerta sobre a máscara que representava perigo aumentou.

    Até mesmo corvos que viviam a 1,2 quilômetro do local, e que não haviam sido vendados, passaram a reproduzir o alerta. Eles se agruparam, aparentemente aprendendo sobre a ameaça por meio do grupo.

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