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Central nuclear iraniana de Busher é conectada à rede nacional

Por Majid Asgaripour
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h01 - Publicado em 4 set 2011, 13h44

A central nuclear iraniana construída pela Rússia em Busher (sul) foi conectada à rede elétrica nacional, anunciou neste domingo o porta-voz da agência nuclear iraniana.

Citado pelo canal de televisão em árabe Al Alam, Hamid Khadem Qaemi, porta-voz da Organização Iraniana de Energia Atômica (OIEA), informou que a central, de uma capacidade de 1.000 megawatts (mw), produz no momento apenas 60 mw porque está em período de testes, mas aumentará sua potência progressivamente até alcançar 400 mw no dia 12 de setembro.

“A central foi conectada à rede nacional neste sábado às 23H29 (15H59 de Brasília)”, afirmou Khadem Qaemi. Ele acrescentou que será realizada uma cerimônia oficial no dia 12 de setembro, quando a central alcançar a potência de 400 mw.

O reator começou a funcionar em novembro de 2010, mas problemas técnicos provocaram diversos atrasos na sua implementação.

Busher é o símbolo da adesão do Irã à energia nuclear, e a usina foi inaugurada com grande alarde pelas autoridades, após 35 anos de esforços.

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Sua construção começou em 1970, com a ajuda da companhia alemã Siemens, que deixou o projeto após a revolução islâmica de 1979 devido a preocupações sobre a proliferação nuclear.

Em 1994, a Rússia concordou em finalizar a usina e fornecer combustível a ela, com o Irã se comprometendo a devolver o combustível utilizado para acalmar as preocupações do Ocidente em relação as suas ambições nucleares.

Os governos ocidentais suspeitam que o Irã busca produzir armas atômicas sob o pretexto de um programa nuclear civil, uma acusação que o Irã nega veementemente.

Na sexta-feira, o Irã saudou como um “passo adiante” um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre suas atividades nucleares, afirmando que ele destacou as medidas positivas tomadas por Teerã em busca de “cooperação e transparência”.

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Mas a agência da ONU também afirma em um relatório confidencial, ao qual a AFP teve acesso, que está cada vez mais preocupada com a possível existência de “atividades nucleares não declaradas, passadas ou presentes, nas quais estão envolvidas organizações militares”.

A AIEA investiga há oito anos o programa iraniano, sem poder determinar se é puramente pacífico, como alega o Irã, ou se tem pretensões militares.

O Irã sofreu seis condenações da ONU e severas sanções internacionais contra seu programa nuclear, em particular por suas atividades de enriquecimento.

A partir de fevereiro de 2007, o país produziu 4.543 kg de urânio levemente enriquecido em sua usina de Natanz, segundo o relatório. A República Islâmica também começou a produzir urânio enriquecido a 20% em fevereiro de 2010 em um total de cerca de 70,8 kg.

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