Casos de demência devem triplicar até 2050, aponta estudo
O número de indivíduos afetados por males como Alzheimer pode ultrapassar os 150 milhões até 2050
Um novo levantamento do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington (EUA) indicou que, até 2050, o número de indivíduos que sofrem de demência pelo mundo será quase triplicado. Os maiores aumentos nos índices de incidência da doença devem ocorrer na África e no Oriente Médio, de acordo com os pesquisadores.
Segundo o estudo, a quantidade de pessoas afetadas pela demência chegará à casa dos 152 milhões em três décadas. Algumas das principais causas para esse fenômeno são o envelhecimento da população global e o crescimento da obesidade e da diabetes entre jovens.
Espera-se que, em 2050, os indivíduos com mais de 65 anos formem 16% da população do mundo. Para efeitos de comparação, em 2010, a taxa era de 8%. Com esse processo, torna-se mais provável o desenvolvimento da demência, frequentemente associada a idosos.
Atualmente, existem cerca de 350 mil novos casos de demência precoce todos os anos. Nas últimas décadas, tem-se observado uma aceleração de doenças ligadas à demência pelo mundo. Só nos Estados Unidos, por exemplo, a taxa de mortalidade por Alzheimer (responsável por sete em cada dez casos de demência) cresceu 88% entre 1999 e 2019.
Somente no Brasil, há mais de 29 milhões de pessoas acima de 60 anos. Não à toa, estudos recentes apontam que a proporção de brasileiros com demência mais do que dobrou ao longo de trinta anos. Trata-se de uma importantíssima questão de saúde pública à qual as autoridades devem se atentar para evitar maiores problemas no futuro.