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Bactéria marinha brilha no escuro para atrair predadores

Organismos bioluminescentes buscam ser ingeridos porque encontram meios favoráveis para seu crescimento dentro do corpo de predadores

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h45 - Publicado em 27 fev 2012, 16h57
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  • Organismos marinhos brilhantes, que produzem luz biologicamente, são relativamente comuns. O fenômeno é denominado de bioluminescência e pode ser observado, por exemplo, entre bactérias que vivem nas profundezas de águas oceânicas. Já os benefícios da produção de luz por parte desses seres nunca foram muito claros para a ciência. Mas um grupo de especialistas da Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, acredita ter chegado a uma explicação convincente. Em pesquisa publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America (PNAS), eles demonstram que o objetivo desses organismos é usar o brilho para atrair predadores.

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    ZOOPLÂNCTON

    O zooplâncton é composto por organismos que não realizam fotossíntese (animais microscópicos, em sua maioria) e vivem na água (marinha ou doce), com locomoção limitada – apesar de que vários organismos, como microcrustáceos, podem se movimentar extensivamente.

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    Os pesquisadores conduziram o experimento em escuridão total e observaram que a luz emitida pelas bactérias marinhas chama a atenção de predadores, geralmente zooplânctons. Estes, atraídos pela luz, ingerem as bactérias, mas são incapazes de digeri-las. Assim, as bactérias continuam vivas e brilhantes mesmo dentro do corpo dos zooplânctons.

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    “Ter acesso ao sistema digestivo do peixe é como alcançar o paraíso – um lugar seguro, cheio de nutrientes e também um meio de transporte pelo extenso oceano”, explica Amatzia Genin, supervisor do estudo. Em resumo, as bactérias brilham para atrair zooplânctons, que atraem peixes, local onde elas encontram meios necessários para o crescimento.

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    Por outro lado, o fato de alguns zooplânctons serem atraídos pelo brilho das bactérias e consumirem a matéria luminosa parece estar em contradição com seus próprios instintos de sobrevivência, já que as chances de o organismo ser atacado por peixes aumentam. Mas, segundo os especialistas, o zooplâncton sabe que uma luz na água indica uma rica presença de material orgânico.

    “No oceano negro e profundo a quantidade de comida é muito limitada, por isso vale a pena para o zooplâncton assumir o risco de se tornar brilhante ao consumir a bactéria luminosa”, diz Genin. “O lucro de encontrar comida é maior do que o perigo de se expor à presença relativamente rara de peixes predadores.”

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