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Vizinho ouviu ‘barulho extremamente forte’ na véspera do desabamento

Dono de empresa de tradução que ocupava o 8º andar do Edifício Liberdade diz à polícia que ruído de obra no 9º andar parecia provocado por 'máquina realmente rompedora'

Por Rafael Lemos
30 jan 2012, 17h24
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  • Na noite da terça-feira, 24 de janeiro, o empresário Vitro Ilan Santos Nogueira teve que interromper uma reunião em seu escritório, que ficava no 8º andar do Edifício Liberdade. O motivo foi a ocorrência de sons “extremamente fortes vindos do 9º andar”. Nogueira prestou depoimento nesta segunda-feira ao delegado da 5ª DP, e disse que esses ruídos indicavam que “uma máquina pesada rompia alguma coisa no andar de cima”. Segundo o empresário, que é sócio da Primacy Idiomas, especializada em traduções, durante os sete anos em que trabalhou no prédio, nunca ouviu nada parecido com o barulho da véspera do desabamento que matou 17 pessoas no Centro do Rio de Janeiro.

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    A Primacy ocupava todo o oitavo andar do Liberdade, que desabou arrastando outros dois. Nogueira disse à polícia que a obra do 9º andar, um dos seis pertencentes à TO – Tecnologia Organizacional, acontecia sempre no período noturno, após as 19h. Segundo ele, o ruído ouvido na noite de terça-feira foi diferente, não se assemelhando ao som de furadeiras ou marretas, e sim de uma máquina “realmente rompedora”, semelhante a uma britadeira de asfalto. O empresário enfatizou que a obra nunca chegou a incomodar a vizinhança, mas que na noite do dia 24 o barulho era insuportável. Nogueira disse ter reclamado com os porteiros do edifício. Sobre a obra do terceiro andar, que também pertencia à TO, o empresário informou que nunca escutou nenhum ruído anormal.

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    Nogueira não estava no escritório no dia 25, quando houve o desabamento, porque passou o dia fora, trabalhando em um projeto. Segundo ele, todas as lajes do prédio são escoradas por vigas do tipo “mão francesa” nas laterais, apoiadas em pilares. Dois vídeos e duas fotos feitas na festa de final de ano de sua empresa foram mostrados na delegacia, com objetivo de mostrar qual era a estrutura geral do prédio.

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    Dezesseis pessoas foram ouvidas até agora pelo delegado da 5ª DP, responsável pela investigação do desabamento dos edifícios Liberdade e Colombo e do prédio de quatro andares que ficava entre os dois. Além de Vítor Nogueira, foram ouvidos na tarde desta segunda-feira dois operários que trabalhavam nas obras que estavam sendo feitas ali. Alexandro Fonseca , que já havia prestado depoimento na semana passada, voltou à delegacia para novos esclarecimentos. Ele trabalhava na obra do nono andar, e foi salvo porque se refugiou no elevador. A prioridade do delegado, que não deu entrevista, é ouvir pessoas que conheciam a rotina do prédio, e possam ajudar a esclarecer o que causou a tragédia.

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