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Três prédios desabam no Centro do Rio

Falha estrutural em um deles, de 18 andares, seria a causa mais provável. Não se sabe quantas pessoas podem estar sob os escombros

Por Rafael Lemos e Leo Pinheiro, do Rio de Janeiro
Atualizado em 10 dez 2018, 10h54 - Publicado em 25 jan 2012, 22h31

Três prédios desabaram no Centro do Rio de Janeiro, pouco depois das 20h30 desta quarta-feira. O Edifício Liberdade, de cerca de 18 andares, ficava na Rua Treze de Maio, 44. O Edifício Colombro, de 10 andares, estava localizado na Rua Manuel de Carvalho, 16. A proprietária de um terceiro prédio, de quatro andares, informou à GloboNews que a construção também foi abaixo.

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Inicialmente, resgatistas disseram que havia ao menos 11 feridos no local. Posteriormente, o prefeito Eduardo Paes afirmou que era impossível saber ao certo o número de vítimas. A única confirmação é que cinco feridos deram entrada no Hospital Souza Aguiar. Não se tem estimativa do número de soterrados. Familiares relataram o desaparecimento de pelo menos quinze pessoas, mas este número pode aumentar. As equipes de resgate trabalham com escavadeiras e cães farejadores na busca de pessoas sob os escombros. Num dos prédios afetados funcionava um curso de inglês. Segundo testemunhas, aulas estavam em andamento no momento do acidente. No edifício Liberdade, estaria em andamento também um treinamento de TI, do qual participariam cerca de 20 pessoas. Viaturas da Defesa Civil para a remoção de corpos foram chamadas e já estão no local.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que a causa mais provável do desabamento é um colapso estrutural do prédio mais alto. A Defesa Civil informou inicialmente acreditar em vazamento de gás como causa da tragédia. No entanto, testemunhas relatam ter ouvido estalos antes do desabamento, o que pode apontar para problemas estruturais. O presidente da Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes do CREA, Luiz Antonio Cosenza informou que havia obras em dois andares do prédio, o que pode ter provocado algum tipo de abalo. Segundo Cosenza, o CREA já está procurando os responsáveis técnicos pela obra.

Sérgio Simões, secretário estadual de Defesa Civil, assegurou que não há risco de mais desabamentos na região. Para ele, as chances de encontrar sobreviventes são remotas, embora exista a esperança de que tenham se formado bolsões de ar nos escombros. “Até o final do dia de amanhã (quinta-feira), todas as equipes de bombeiros estarão empenhadas nos resgates”, afirmou.

A região onde houve o desabamento é a mais importante do Centro do Rio. Pela área compreendida entre o Largo da Carioca e a Cinelândia circulam centenas de milhares de pessoas todos os dias. Um episódio como o desta quarta-feira, em horário comercial, configuraria uma das maiores tragédias da história da cidade. Ali estão situados também prédios históricos, como o do Theatro Municipal – cujo anexo ficou danificado -, a Câmara dos Vereadores, o Museu Nacional de Belas Artes e a Biblioteca Nacional. A Treze de Maio desemboca na Cinelândia, ao lado da Câmara, e abriga edifícios comerciais e de uso misto. A área foi isolada para facilitar o trabalho dos bombeiros e a aproximação de ambulâncias. A estrutura dos prédios vizinhos foi abalada, ainda não se sabe em que grau. Testemunhas que estavam no prédio em frente contam ter sentido um forte abalo no momento do desabamento, que provocou falta momentânea de luz.

Rockfeller Peçanha, diretor do CREA, está no local acompanhando as buscas. Segundo ele, todos os prédios em torno do local do desabamento permanecerão fechados até que se avalie o grau de comprometimento estrutural de cada um deles.

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Vítimas – No Hospital Souza Aguiar, o maior do Rio de Janeiro, chegaram cinco vítimas, uma em estado grave – Cristiane do Carmo, cerca de 30 anos, está no centro cirúrgico com traumatismo craniano. Um homem de 30 anos, ainda não identificado, fora de risco, com trauma no abdome. Um zelador de 50 anos também foi atingido, e sofreu ferimentos leves. Francisco Rodrigo, de 37 anos, estava passando e foi atingido por escombros e teve um corte na perna. “Foi tudo muito rápido, não entendi direito o que havia acontecido. Só depois ouvi pessoas gritando “o prédio caiu”. Alessandro da Silva, de 31 anos, foi a primeira vítima resgatada pelos bombeiros. Ele está consciente e vai ficar em observação.

Coletiva de imprensa – A assessoria do prefeito do Rio de Janeiro anunciou que Eduardo Paes, que passou a madrugada no local dos desabamentos, dará uma coletiva de imprensa às 9h desta quinta-feira para falar da tragédia.

Veja vídeo com imagens exclusivas da tragédia:

https://www.youtube.com/watch?v=gMfeb2myoPk

Com reportagem de Cecília Ritto

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