A vítima de estupro coletivo C.B, de 16 anos, pode se mudar do Rio de Janeiro por causa de “ameaças gravíssimas” rastreadas por órgãos de segurança. A decisão precisa do aval da família da adolescente, que já sinalizou concordar com a medida. A Secretaria de Estado Assistência Social e Direitos Humanos não informou detalhes do caso porque as investigações são sigilosas.
Nesta segunda-feira, a jovem para o Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM), do governo federal. Dessa forma, a responsabilidade pela adolescente e sua família passa a ser do Ministério da Justiça e Cidadania, que coordena o programa.
Dois suspeitos de envolvimento com o estupro coletivo da adolescente foram presos pela Polícia Civil na tarde desta segunda-feira. Lucas Pedorno, de 20 anos, e Raí Souza, de 18 anos foram levados para a Cidade da Polícia Civil, na Zona Norte da capital. Também foram decretadas as prisões de Marcelo Miranda da Cruz Correa, de 18 anos, e Michel Brazil da Silva, 20 anos, suspeitos de divulgarem as imagens da vítima na internet; Raphael Duarte Belo, de 41 anos, que aparece em uma foto fazendo selfie com a jovem estirada na cama; e o gerente do tráfico do Morro da Barão, Sérgio Luiz da Silva Junior, conhecido como Da Rússia. Os quatro já são considerados foragidos da Justiça.
LEIA TAMBÉM:
A cultura do estupro e a cultura do silêncio: VEJA quer ouvir sua história
Vítima de estupro coletivo no Rio critica delegado: ‘Tentaram me incriminar’
O caso veio a público com a divulgação de um vídeo nas redes sociais em que a jovem aparece desacordada e nua. Na gravação, um dos suspeitos manipula a vítima e afirma que ela engravidou de “mais de 30”. Em coletiva de imprensa, a delegada Cristiana Bento, titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) que assumiu as investigações sobre o caso informou que “o estupro está provado” e que agora a intenção é provar a extensão do crime.
(Da redação)