Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Vale pede e audiência sobre acordo em caso Brumadinho é adiada

Mineradora alegou que não teve tempo de analisar termos do acordo; promotor afirma que instituições não vão admitir negociação

Por André Siqueira Atualizado em 7 fev 2019, 01h07 - Publicado em 6 fev 2019, 19h13
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A audiência realizada na tarde desta quarta-feira 6, pela 6ª Vara da Fazenda Pública Estadual e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte, para propor à Vale um Termo de Ajuste de Conduta Preliminar (TAP) foi adiada para a próxima quinta-feira, 14. Segundo o promotor de Justiça André Sperling, que acompanha as negociações, a mineradora alegou que não teve tempo de discutir os termos do documento, entregue nesta terça-feira, 5. 

    Apesar do pouco tempo para a análise do TAP, Sperling afirma que as instituições de Justiça, os atingidos e os movimentos sociais que atuam no caso não admitem nenhuma negociação. “Foi um prazo curto, realmente, mas esse termo nós não admitimos negociação. A negociação tem que ser em pequenos detalhes, pequenos ajustes”. Segundo o promotor, trata-se de algo “emergencial”. “A Vale não tem que questionar isso agora. A Vale tem que simplesmente pagar o que ela causou”, acrescentou.

    O promotor disse ainda que, se até a próxima audiência a mineradora não aceitar os termos do acordo, “estará caracterizada a postura da Vale como uma empresa que não quer ressarcir os crimes que ela tem cometido”. “A gente entendeu a necessidade desse pequeno prazo, mas agora tem que haver uma resposta concreta e as instituições não vão permitir que a Vale queira assumir o controle desse processo de reparação”, acrescentou a jornalistas depois da audiência.

    Uma das propostas da TAP é a instituição de uma Comissão de Deliberação e Gestão, composta pelo Ministério Público, Defensoria Pública e representantes dos atingidos, para gerir o recurso de um bilhão de reais, bloqueado da Vale e à disposição do Judiciário. 

    O documento também propõe que a Vale efetue, imediatamente, pagamento mensal emergencial a todas as pessoas atingidas, “o qual, em nenhuma hipótese, poderá ser deduzido de indenização ou compensação a serem pagas a qualquer título”. O pagamento deve seguir os seguintes parâmetros: um salário mínimo por pessoa adulta; meio salário mínimo por adolescente, observando-se a faixa etária do Estatuto da Criança e Adolescente e ressalvadas as hipóteses de emancipação civil; um quarto do salário mínimo por criança e o valor de uma cesta básica por núcleo familiar.

    Continua após a publicidade

    Além disso, o pagamento mensal deve considerar “cada pessoa atingida e não apenas o núcleo familiar como unidade, assegurada a equanimidade de gênero e os parâmetros do sistema único de assistência social no que se refere às crianças e aos adolescentes”.

    Outra proposta da TAP diz que a Vale deverá arcar com as “despesas mensais, tais como financiamentos, arrendamentos e prestações mensais, a que as pessoas atingidas estejam obrigadas e impossibilitadas de pagar” em virtude do rompimento das barragens da Mina do Córrego do Feijão.

    Em nota, a Vale afirmou que solicitou ao juiz um prazo mínimo para analisar o conteúdo do TAP proposto e que mantém contato com as autoridades de Minas “com o objetivo de buscar soluções para dar maior celeridade à indenização dos atingidos”.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.