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Secretário de Polícia Civil do Rio pede exoneração do cargo

Assembleia Legislativa do estado aprovou, na tarde desta quarta, 18, mudança em lei orgânica que abre espaço para substituto na pasta

Por Maiá Menezes, Lucas Mathias Atualizado em 18 out 2023, 19h32 - Publicado em 18 out 2023, 13h05

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio aprovou nesta quarta-feira, 18, o projeto de lei assinado pelo governador Cláudio Castro (PL) que muda a Lei Orgânica da Polícia Civil: passa de quinze para dez anos o tempo exigido para que um delegado assume a pasta. A votação do projeto, enviado na terça-feira à noite à Casa, se deu em regime de urgência. Pela manhã, como confirmado em declaração a VEJA, o atual secretário de Polícia Civil, José Renato Torres, já havia colocado seu cargo à disposição, ao dizer que “não poderia deixar a política derramar pelas entranhas da nossa instituição”. À tarde, ele se reuniu com sua equipe e pediu a exoneração.

A mudança na lei abre espaço para que Torres seja substituído pelo presidente do Detran, Marcus Vinícius Amim Fernandes. Apesar de não ser citado no projeto, o nome de Amim foi elogiado por deputados da base e da oposição durante a discussão do projeto. Na justificativa para a mudança na lei, Castro afirma que a medida visa “alinhar um programa eficiente de promoção, onde o policial é incentivado a trabalhar e se qualificar cada vez mais”.

A pressão pela troca no comando da Secretaria de Polícia Civil partiu da presidência da própria Alerj. José Renato Torres está há apenas duas semanas no cargo e, na última segunda-feira, 16, participou de reunião com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, no Palácio Guanabara, para ajustar detalhes sobre a parceria com o governo federal, que enviará ao estado do Rio 300 homens da Força Nacional de Segurança e da Polícia Rodoviária Federal.

Sindicatos e associações de policiais civis do estado do Rio divulgaram nesta quarta, enquanto começava a votação na Alerj, nota de repúdio à mudança na Lei Orgânica da categoria. “Infelizmente, a prática corriqueira de interferências políticas diretas na escolha do chefe da Polícia Civil pelos mais diversos agentes externos se tornou banal e escancarada no estado”, diz um trecho do documento assinado pelo Sindicato dos Delegados, pelo Sindicato dos Policiais Civis do Estado e pela Associação de Delegados. A nota lembra ainda que o projeto de lei além de “tão somente atender um capricho pessoal, em claro desvio de finalidaade”, viola os princípios constitucionais da moralidade e impessoalidade.

Procurado, o governo do estado não se manifestou.

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