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Últimas 4 vítimas de deslizamento de terra em Niterói são enterradas

Tragédia na comunidade de Boa Esperança, na madrugada de sábado, deixou 15 mortos e destruiu ao menos sete casas

Por Da Redação Atualizado em 12 nov 2018, 16h46 - Publicado em 12 nov 2018, 16h10

Os enterros das últimas quatro vítimas de um deslizamento de terra que deixou 15 mortos no Morro da Boa Esperança, em Niterói (RJ), serão realizados nesta segunda-feira. Entre as vítimas sepultadas estão uma criança de três anos de idade e um bebê de 10 meses. Segundo a prefeitura de Niterói, foram realizados nesta manhã os enterros de duas mulheres, uma de 61 e outra de 66 anos.

As outras 11 vítimas do deslizamento ocorrido na madrugada de sábado já haviam sido enterradas, e dois feridos permanecem internados. No total, foram 16 vítimas, cinco menores de idade, oito mulheres e três homens.

A tragédia aconteceu quando uma pedra rolou sobre a comunidade da Boa Esperança e destruiu ao menos sete casas. A busca por desaparecidos foi encerrada no domingo pelo Corpo de Bombeiros.

Na comunidade atingida havia casas interditadas devido ao risco de desabamentos, embora autoridades locais garantam que a localidade não era considerada de alto risco.

Novas moradias

As 22 famílias que foram desalojadas depois do deslizamento receberão da prefeitura unidades habitacionais no bairro do Fonseca. As casas já estão em construção e serão entregues às vítimas no dia 20 de dezembro, segundo a prefeitura de Niterói.

Enquanto as unidades não ficam prontas, as famílias desalojadas receberão aluguel social. O município trabalha na elaboração do projeto de lei para incluir essas famílias no pagamento do benefício. O projeto será enviado à Câmara dos Vereadores nesta terça-feira, em regime de urgência.

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A Defesa Civil também opera no monitoramento das casas no entorno do local do acidente. Dezessete moradias permanecem interditadas.

Segundo a prefeitura, cerca de 200 pessoas, profissionais das secretarias municipais de Saúde, Assistência Social, Obras, Conservação e Serviços Públicos fazem a limpeza do local do desabamento. Eles também atuam na Escola Municipal Francisco Portugal Neves, em Piratininga, local em que parte das vítimas está alocada provisoriamente.

Doações e atendimento psicológico

Uma rede de solidariedade se formou para dar assistência àqueles que perderam tudo e nove toneladas de donativos já foram arrecadados. A prefeitura informa que, no momento, não há necessidade de novas doações. Já foram distribuídos kits com materiais de limpeza, higiene pessoal, alimentos e água para 18 famílias.

Cerca de 50 psicólogos voluntários trabalham no atendimento às vítimas. Os profissionais desenvolveram diferentes ações, entre elas assistência no momento do sepultamento e durante a identificação dos corpos no Instituto Médico-Legal (IML) aos familiares das vítimas.

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Os psicólogos também atendem às pessoas que solicitam atendimento na Escola Francisco Portugal Neves e trabalham orientando a população sobre direitos que ainda podem buscar.

Para o psicólogo voluntário Alexandre Nascimento, a disponibilização de tratamento psicológico a longo prazo para as pessoas que passaram pelo trauma do acidente é fundamental.

“A gente fala em emergência, desastre, mas muitas dessas situações são tragédias anunciadas. São tragédias decorrentes da negligência do Poder Público. Essas pessoas estão em situação de risco não porque querem, mas porque não têm outra opção. Então, todo esse trabalho decorrente de situação de trauma, tanto individual quanto coletivo, tem impacto profundo na vida emocional. [Por isso], há uma demanda por políticas públicas que possam dar conta desse sofrimento gerado por esse trauma”, acrescenta Alexandre, que é morador da região.

Recuperação de documentos

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro quer ajudar as vítimas do desabamento a recuperar os documentos perdidos. De acordo com o defensor Flávio Lethier, essa é a prioridade do órgão, que está no local para auxiliar na emissão da segunda via.

“No momento nós queremos resolver as questões dos desabrigados e da documentação. Já a questão de responsabilização é para um segundo momento”, explicou o defensor.

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(com Reuters e Agência Brasil)

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