Tragédia em Minas: 13 trabalhadores estão desaparecidos
Corpo de Bombeiros recuou de informação sobre uma segunda morte; duas barragens romperam na quinta causando destruição no vilarejo de Bento Rodrigues, em Mariana
Por Talyta Vespa e Nicole Fusco
6 nov 2015, 14h45
Treze trabalhadores seguem desaparecidos depois do rompimento de duas barragens da mineradora Samarco na quinta-feira. O incidente provocou um mar de lama que devastou o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, no interior de Minas Gerais.
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Em coletiva de imprensa, o diretor-presidente da mineradora, Ricardo Vescovi, informou que doze dos desaparecidos são contratados por empresas terceirizadas e o outro é da Samarco, que é controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton. Vescovi também afirmou que os mineradores faziam trabalhos de drenagem no sistema da represa antes da tragédia.
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Por enquanto, a única morte confirmada na tragédia é a do funcionário da mineradora Claudio Fiuza, de 41 anos, que teve um mal súbito na hora do rompimento. O Corpo de Bombeiros chegou a contabilizar nesta sexta-feira um segundo óbito, depois que um corpo foi encontrado na cidade de Rio Doce, a 100 quilômetros de Bento Rodrigues. A corporação, porém, recuou e disse no Twitter que não há confirmação de que a morte tenha relação com a tragédia.
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Ainda segundo os bombeiros, as equipes estão concentradas na busca pelos desaparecidos em três caminhões encontrados soterrados em meio ao lamaçal. A forte chuva que atinge a região dificulta os trabalhos de resgate. Para conseguir achar pessoas ilhadas e desaparecidos, a corporação tem à disposição dez helicópteros e drones.
Desastre – Os bombeiros descartaram a possibilidade de desmoronamento de uma terceira barragem, a Germano, que foi vistoriada por equipes técnicas pela manhã. As contenções Santarém e Fundão romperam na tarde desta quinta-feira, fazendo com que um “mar de lama” inundasse o vilarejo, que tem cerca de 600 habitantes. Os bombeiros afirmaram que socorreram ao todo 500 pessoas durante a madrugada – outras 270 passaram a noite em abrigos improvisados em um ginásio de esportes e em uma igreja de Mariana.
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(Da redação)
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